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foto divulgação

Às 17h, saiu de casa e vou à rua. Gosto de ficar perambulando nas redondezas da minha rua, pois é nesse horário que o clima se torna um pouco mais agradável. Assisto ao jogo de basquete, acirradíssimo, na praça do convento. Assisto ao futebol da garotada no asfalto. A praça entre a Escola Santa Filomena (Colégio Convento) e o antigo Cinema é transformada em um verdadeiro complexo de atividades físicas de adultos e crianças. É bacana de se ver.

Às 19h, tudo muda. É a noite e aos finais de semana – a rua se torna inóspita  -que o entretenimento vira aborrecimento. Moro a 100 metros da praça do convento e presencio com bastante frequência roubos a mão armada nesse local.

Como se eu fosse o romancista Rubem Fonseca, com sua literatura de “noir” (tipo de literatura referente a gênero policial), narrarei alguns episódios que ocorreram recentemente perto da minha casa. Sarah, 20 anos (nome fictício, mas a história  é real) sofreu um assalto às 20h da terça-feira. Teve seu celular e a bolsa roubados. Foi abordada por dois indivíduos em cima de uma moto. Sarah tinha ganhado o celular como presente do seu namorado há poucos dias. Ela saiu do trabalho e resolveu visitar uma amiga que mora perto do local do roubo. Deu no que deu.

Poucos dias depois, Sarah gentilmente concedeu o seu espaço para minha vizinha. Minha vizinha teve o celular, a bolsa com documentos e uma quantia de R$ 350,00 reais roubados. Reitero, são histórias reais. E a minha vizinha? Casada, mãe de dois filhos, trabalhadora. Dar um duro danado na vida para oferecer o melhor para os filhos. Ela foi abordada por dois indivíduos em cima de uma moto.

Assim como o advogado “Mandrake”, personagem emblemático de alguns contos de Rubem Fonseca, fiquei matutando sobre todos esses roubos. Assim como o Mandrake também fiz perguntas para as vítimas. Colhe dados, ouvi testemunhas dos crimes. Analisei tintim por tintim.

Todos estes criminosos têm o mesmo perfil: são covardes, vagabundos e estão dispostos a tudo. “Se tu correr eu te mato”, palavras de um dos assaltantes. todos eles têm passagens pela polícia. Todos eles são beneficiados pela leniência da nossa pálida justiça.

Para termos uma ideia, um assassino pode ser condenado por uma pena de somente oito anos de prisão. Um assassino pode ser solto depois de passar somente um ano e seis meses na cadeia. Um bandido que comete um assalto, depois de solto, está disponível para fazer outros assaltos.

Quer saber a conclusão de tudo isso, nobre leitor? A conclusão é que a próxima vítima a animar as tardes, as noites e os fins de semana desses delinquentes pode ser você, pode ser eu. Corra, Kleber, corra!

(KLEBER SANTOS)

7 Respostas

  1. isso acontece pela falta de policiamento nas ruas, inclusive nessa rua sempre que passo por ai para visitar familiares não vejo passando nenhuma viatura fazendo ronda isso faz com que esses delinquentes se sintam a vontade para praticar seus furtos e amendrontar a população.

  2. Há Muito Tempo quê esta Área Proximo a Praça do Antigo Cinema em Codó,esta sem Segurança os Moradores das Proximidades são Vitimas de Roubo quase quê Diariamente a Noite nem se Fala,o Local é um Abandono SÓ,desde o Largo do Balão,Praça da Igreja Matriz,Rua Coêlho Neto,em Fim Codó esta sem Segurança.

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