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Esqueçam as vaias da torcida que esteve hoje no Morumbi. É muito provável que elas teriam surgido mesmo com uma vitória mais elástica da Seleção Brasileira. O torcedor de São Paulo vaia em todos os amistosos. Praticamente um cacoete. Mais por tradição do que convicção.

Seleção jogou mal
Seleção jogou mal

Também não seria justo cobrar bom humor do paulistano numa sexta-feira que começou (e vai terminar) com chuva, greve do Metrô, congestionamento. Um dia comum na cidade, diriam os mais rancorosos.

O Brasil venceu por 1 a 0, mas jogou muito mal contra a Sérvia. E isso é ótimo. Pelo menos para Felipão, mestre em transformar crises (reais ou forjadas) em amuleto. O técnico sabe como ninguém se aproveitar de um cenário adverso para enfim formar a sua família. Foi assim por muito tempo no Palmeiras (Turma do Amendoim que o diga). Foi assim antes da Copa de 2002, quando a Seleção sofreu nas Eliminatórias e recebeu uma saraivada de bandeirolas, nesse mesmo Morumbi.

A fraca atuação é importante para o Brasil voltar à realidade. Houve um otimismo exagerado (e compreensível) após a conquista da Copa das Confederações. A surra que Neymar, Fred e companhia deram na final contra a Espanha indicava que a Seleção estava pronta. Mas aí que se encontra o problema. Faltava ainda um ano para a Copa do Mundo.

A sensação é que aquela equipe amadureceu rápido demais, o que mais tarde se confirmou com a lista final dos convocados, que pouco se alterou em relação ao grupo que levantou a taça no Maracanã.

Hoje, está nítido que o Brasil perdeu aquele ritmo alucinante. Não só por conta do jogo de hoje, e sim pelas condições físicas do selecionado. Oscar, Paulinho, Marcelo, por exemplo, estão visivelmente abaixo do que podem render. As lesões recentes e as decisões europeias deixaram marcas ainda presentes. As laterais também estão um passo atrás. Em 30 minutos de jogo, a Sérvia percebeu que o caminho era as costas de Daniel Alves e foi superior no primeiro tempo. Na esquerda, Marcelo apoiava sempre com o freio de mão puxado.

Neymar foi o protagonista na Copa das Confederações, mas agora a dependência em relação a ele parece maior. Felipão tem cinco dias para melhorar o condicionamento do grupo e até mesmo efetuar uma ou outra mudança no time titular. É o caso de Willian no lugar de Oscar, aparentemente.

“Está faltando uma jogada de Neymar”, disse o narrador Galvão Bueno, faltando ainda 15 minutos para o final do jogo. Talvez esse seja o maior perigo: imaginar que o camisa 10 estará lá para fazer mágica a qualquer momento. Talvez faça, mas não dá para depender apenas dessa crença para conquistar a sexta estrela.

Apesar do pouco tempo disponível, há espaço para melhorar. Entretanto, por mais contraditório que pareça, o Brasil saiu desse amistoso ainda mais favorito. Um jogo ruim. Era tudo o que Felipão precisava. Já é possível vê-lo acariciando o bigode e preparando o discurso para o seu grupo. Acabou a festa. A guerra começa agora.

FONTE: CARTA CAPITAL (Esporte Fino)

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