A idéia de comparar o número de mortes foi do prefeito Zito Rolim, ontem, 29, em entrevista concedida à TV Codó, onde até Jonas Filho chorou após ouvir da telespectadora ‘Nilde’ um singelo pedido “Jonas fique aqui, não vá para Bacabal”.
Lágrimas a parte, assunto que depois repercutiremos com mais detalhes, voltemos à disputa macabra, fúnebre, dos governos de Biné e Zito no tocante à crianças que nascem e depois morrem sob os cuidados da saúde pública oferecida por eles.
Zito não foi perguntado sobre este assunto, mas fez questão de pedir mais um tempinho ao apresentador só para relatar o número de bebês mortos na era Biné e os morridos em dois anos de seu governo.
O prefeito foi claro ao afirmar que estava fazendo o comparativo em resposta a provocação de Biné. O ex-prefeito teria dito, na última quarta-feira em sua TV, que tem morrido gente pra ‘dedel’ na atualidade por falta de uma saúde de qualidade.
MORTOS NA ERA BINÉ
Veja os números com percentuais divulgados pelo prefeito, lendo o relatório no programa. Primeiro, claro, no governo de Figueiredo:
Em 2005 – morreram 104 bebês ( com percentual de 37.87% para cada mil nascidos vivos)
2006 – 1.228 nascidos vivos, 72 crianças morreram ( 58,63% para cada mil nascidos vivos)
2007 – 1.730 partos, 93 morreram ( 52.75% por mil nascidos vivos)
2008 – 2.220 partos, 87 crianças morreram (39.13% por mil)
MORTOS NA ERA ZITO
Para mostrar que no seu governo menos gente tem morrido sob os cuidados da saúde pública, Zito arrancou os dados de 2009 e 2010, que assim ficaram:
2009 – 2.134 nascidos vivos, 80 bebês morreram,( 36.63% por mil nascidos vivos)
2010 2.431 partos, morreram 81 (33% por mil nascidos vivos)
Fechando seu entendimento, o prefeito falou.
“Isso aqui são dados que estão no Ministério da Saúde, então a nossa maternidade funciona e funciona muito bem (…) por isso que eu digo, nós temos que acompanhar os canais sérios, que mostram a realidade do nosso município”, afirmou
ESCLARECIMENTO
A forma lida por Zido, mal orientado antes da entrevista, o levou à uma erro. Todos os percentuais, neste caso, são lidos com um ZERO VÍRGULA alguma coisa na frente. Exemplo: em 2010 o percentual é de 0,33% para cada grupo de mil nascidos vivos porque, obviamente, 81 mortes num universo de 2.431 nascidos com vida não corresponde à 33%.
Mas em todo caso, nos dois governos, convenhamos, muitos codoenses perderam a chance de crescer, constituir família e morrer já na terceira idade. Disputa macabra essa, hein!?
Poderia ser quem construiu mais maternidades, quem colocou mais especialistas na área de obstetrícia para atender a população ou qualquer outra coisa, menos morte.