Há cerca de um ano os alunos da escola Colares Moreira, da rede pública estadual, vinha trabalhando com o tema ESCRAVIDÃO, segundo ouvimos da professora Ângela Salazar.
“Seminários, estudos de caso, vários temas relacionados ao tráfico de pessoas pro mercado do sexo, pra lavoura, todos os tipos de escravidão moderna…ESTE É UM PROBLEMA QUE REALMENTE TÁ NA NOSSA PORTA? Sim, e a gente nem percebe”, respondeu
Ontem, 30, dia da culminância do projeto ESCRAVO NEM PENSAR professores e alunos foram para as ruas. Fizeram cartazes, pintaram o rosto, vestiram-se como cortadores de cana, uma das atividades que mais levam codoenses para outros Estados. Maior motivo de aliciamento na região e de tristeza para Natairla de Sousa.
“Triste porque a pessoa sem futuro, sem estudar, não tem trabalho digno e trabalhar escravo, sem receber salário, é triste”, frisou a aluna
AULA NA FERREIRA BAYMA
Depois da caminhada, a praça central da cidade virou uma grande sala de aula sobre o assunto. João Vitor de Sousa Santos apresentou um gráfico sobre os países com maior índice de tráfico humano, para ele um alerta válido em tempos modernos.
“É um alerta…POR QUE UM ALERTA? Porque muitas vezes isso pode acontecer na sua casa, na casa de um vizinho, a gente sempre tem que ficar ligado, notícias, porque o tráfico humano é algo que, hoje em dia, a gente fala bastante sobre estes assuntos”, destacou o garoto
Irislaine da Silva dos Anjos estava responsável por expor, também com dados precisos, quais os gêneros mais afetados pelo tráfico humano onde mais de 60% são meninas e mulheres ainda bem jovens.
“Tem outras que vão por aventuras, que precisam conhecer novas coisas e são enganadas, são levadas para outros lugares, tipo com proposta de modelo, quando chega lá tudo ao contrário e passam por bastante coisas, tendo que trabalhar, tem que ser escrava do sexo”, explicou
CASOS CONCRETOS
Muitos alunos entrevistaram codoenses levados para outros Estados, onde foram enganados. Remilson da Silva teve contato com um caso específico que lhe chamou a atenção. Um motorista de 31 anos de idade que foi levado para o Estado de Goiás onde virou capinador.
“Foi enganado, foi desviado, foi levado para Goiandira, disse que era pra trabalhar como motorista, mas acabou indo trabalhar como capinador (…) que ficou de lição pra nós é que a gente tem que conscientizar essas pessoas para não poder ver esses trabalhos, saber mais detalhadamente se é mesmo o trabalho que vão levar para eles”, contou
SENSIBILIZAÇÃO
A maioria das atividades do projeto terminou com este evento, mas a batalha pela sensibilização, como nos explicou a professora Diana Santos, vai continuar, agora usando os meios de comunicação disponíveis aos alunos.
“Então a nossa proposta é continuar esse trabalho utilizando os meios de comunicação necessários, panfletagem, redes sociais pra divulgar mesmo, sensibilizar a comunidade sobre este problema porque a consciência de que este problema existe nós já temos falta agora o despertar pra aumentar essa luta contra o trabalho escravo”, comentou
2 comentários sobre “Escola Colares Moreira dá excelente exemplo de projeto contra o trabalho escravo”
Relmente isso é bom, porque vejo lojas explorando pessoas no trabalho, ex: de uma loja na afonso pena q fica aberta de segunda a sábado-( até as 18:30 isso no sabado), além de abrir em feriados e explorar, isso é trabalho escravo, além do mais, de trabalhar incorreto, sem pagar impostos pra ser uma empresa autorizada.
Com a crise as nao podem fazer o q nao podem