A comunidade de Amparo fica a 15 kms da sede do município de Codó, na região rural da grande Trizidela, e há décadas tem uma escola com uma estrutura que atrapalha qualquer bom desempenho daqueles que precisam aprender e ensinar.
Na Escola Municipal Nossa Senhora do Amparo, que chegou a ser alvo de uma reportagem sobre educação exibida no programa Fantástico, da TV Globo, estudam atualmente 17 crianças (uma desistiu, eram 18), da alfabetização ao 5º ano do Ensino Fundamental. Para todos, uma única e dedicada professora concursada que há 13 anos trabalha em situação muito precária.
SEM BANHEIRO, SEM ÀGUA PARA BEBER
Não tem energia elétrica, não tem água para beber. A mulher que faz a merenda é quem providencia uma garrafa pet de dois litros para que as crianças não sintam muita sede durante a aula.
“Traz um litro pra cá e nós bebe…CADA UM TRAZ O SEU? Não. …COMO É QUE FAZ? É dali da casa da mulher que faz a merenda”, explicou a estudante Francisca Geovana Honorio da Silva.
Também não há banheiro, as crianças usam o mato atrás da escola. Ana Vitória da Conceição, do 5º ano, reclamou.
“é muito ruim, aí quando tá molhado a gente vai, fica muito ruim, a folha fica pegando na gente…TEMPO DE CHUVA É PIOR AINDA? É”, respondeu timidamente.
VAI DESABAR
A cobertura é de palha de babaçu, as paredes de barro com talo estão escoradas e já com buracos, inclinadas estão sob risco de desabamento e os estudantes estão com medo.
“TEM MEDO QUE ACONTEÇA O QUÊ? Dela cair toda…E QUE AS CRIANÇAS ESTEJAM AQUI? Hum, hum…DÁ MEDO? Dá…POR QUE DÁ MEDO? Porque já tão caindo as paredes”, rspondeu Francisca Luciele Cunha Rodrigues, do 4º ano.
A prefeitura nunca se manifestou sobre a possibilidade de uma construção segundo pais e alunos que vivem em Amparo, mas eles nunca pararam de desejar.
“Devia ter banheiro, telha, piso, tijolos, isso…TÔ PERCEBENDO QUE AS PAREDES ESTÃO POR DESABAR, VOCÊ NÃO TEM MEDO NÃO? Tenho…DE QUÊ? Dela cair por cima da gente”, disse Francisca Geovana sonhando com uma escola de alvenaria no povoado.
PALAVRA DO GOVERNO
O secretário de Educação de Codó, Paulo Buzar, informou que há um projeto para levar as crianças da escola do Amparo para a escola Filomena Catarina ( de alvenaria), que fica no povoado mais próximo chamado Volta da Palmeira. Só que isso só deve acontecer em 2019, na chamada segunda fase da nucleação.
“Assumimos a gestão com 51 escolas de taipa, com a primeira fase da nucleação ficamos com 31 escolas. Assim que inaugurarmos as escolas, em fase final de construção, dos povoados Lagoa dos Sales, Macacos e Angico, ficaremos com menos de 20 escolas [de taipa]”, nos escreveu Paulo Buzar.
Desta forma, ainda sobre a escola do Amparo não será construída, será desativada.
5 comentários sobre “Escola do AMPARO continua expondo tratamento degradante dado à educação de Codó”
Esse é governo que não constrói. Ele só destrói. Do povoado Amparo para o povoado Volta da Palmeira é longe. Sem falar que será mais uma escola destruída e mais gente desempregadas. Esse governo veio encomendado.
E Quer reeleição. Há informações, que ele quer comandar o governo do estado. Ai ele fechará as escolas estaduais de Timbiras e transfere os alunos de Timbiras para Codó e segue com as transferência. Ele está conseguindo o que prometeu em campanha. Acabar com as escolas de taipa do município. Fechando-as, e transferindo os alunos. É muita maldade para um governo de primeiro mandato.
NESTE CASO DO AMPARA É MENOS AVANÇO E MENOS CONQUISTA
E por essas coisa que o Sindicato tem que brigar, não só por dinheiro. Com a palavra o doutor CELSO.
Para lutar basta gosta por uma educação de qualidade, toda sociedade também tem direito de lutar
A culpa agora é do Celso? Kkkkkk
Hipócritas!
Eu conheço essa escola, tanto a escola comp a comunidade são desassistidas do poder público, isso há muito tempo, fica a menos de 15km da Sede mas nem por isso é vista pela atual gestão. Isso é uma vergonha.