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Nós visitamos no último sábado, 18, a república onde vivem 16 estudantes da Universidade Federal do Maranhão vindos de Timbiras, Imperatriz, cidades do interior do Pará e até de São Paulo para cursarem licenciaturas nas áreas de Biologia e História oferecidas pelo Campus Codó.

Era o segundo dia sem energia elétrica, segundo informou a estudante Camila Carneiro que nos mostrou os alimentos comprados pelos alunos se estragando em duas grandes geladeiras

-A gente compra tudo pro mês todo e acaba por se estragar, interfere sim (nos estudos), além de que aqui é muito quente, também fica sem energia, os ventiladores não funcionam, afeta em tudo – explicou um pouco chateada com a situação.

Em dezembro de 2015 a energia foi cortada pela primeira por causa de uma conta de R$ 318,00. Agora são duas contas, uma de R$ 634,00 e uma de mais de 1.000,00.

-Que eles se responsabilizem por esta questão do luz porque já ocorreu, é a segunda vez que isso acontece (…) 3 dias, 28 à 31 de dezembro (ano passado)…ENTÃO VOCÊ ESPERA UMA SOLUÇÃO? claro, todos nós esperamos uma solução- lembrou Camila Carneiro da Silva, do curso de Biologia.

MUITO ALÉM DA ENERGIA

Também fomos recebidos pelo jovem Augusto Aluísio dos Reis Santos, do curso de História. Mais articulado na fala e com um discurso mais focado, fez um passeio pelos problemas que os universitários estão enfrentando há bastante tempo.

Primeiro explicou que eles continuam fazendo ‘vaquinha’ pra pagar a conta de água e luz porque a UFMA nunca conseguiu vincular as contas à suas responsabilidades financeiras e já se passaram mais de ano de burocracia emperrada.

-A casa já está alugada pra UFMA desde maio do ano passado, então nesse vinculada a conta da casa à da instituição. Porque funciona assim, uma instituição pública ela tem que vincular a conta de qualquer, de alguma coisa que é utilizada dentro da casa, vincula a conta de energia a Cemar dizendo que a casa é da UFMA e o governo Federal pode fazer o pagamento direto, se não for vinculada o Governo Federal não pode fazer pagamento de pessoa física e aí gera o problema porque a universidade não tem como pagar a conta da  casa que tá alugada e é uma pessoa física que tá cadastrada – explica

-Não anda, já tem alguns meses. A casa tá alugada desde maio (2015), mas nós moramos na casa desde novembro do ano passado, então de aluguel da casa tem um ano e dois meses, não justifica esse prazo todo pra não resolver esse processo burocrático -, concluiu

ÁGUA ATRASADA

O Saae, se quiser, também poderá cortar o fornecimento na república a qualquer momento porque já são 4 contas em atraso, ainda não o fez, segundo os universitários, por causa de um acordo verbal entre instituição de ensino e autarquia.

-Se eles quiserem também, a qualquer momento, pode vir a acontecer o mesmo problema – confirmou o jovem

AS PROMESSAS E O CAMPUS

A república é um lugar abandonado sob a ótica de quem dela necessita. Nem a promessa dos móveis fora cumprida.

-Nós temos problemas também de promessas, foi prometido pra gente móveis, uma mínima condição da gente viver. Se vocês olharem aqui pela casa vocês vão ver que tem vários móveis, estes móveis são frutos de uma outra república que nós tínhamos, que pagávamos com nosso dinheiro e nós tínhamos essa república, trouxemos os móveis pra cá e aí não chegou cama, não chegou armário, não chegou sofá que foi prometido, veio essas cadeiras aqui que vocês podem ver e ficou faltando todas essas questões – explicou Augusto

FALTA PROFESSORES

Na Universidade o que falta é professor em quantidade suficiente para cada semestre. Os alunos denunciaram que há períodos (de seis meses) com apenas 2 professores, quando o mínimo deveria ser 6.

-E dentro da instituição também nós estamos com vários problemas, nós estamos com problemas com professores que estão faltando pra alguns cursos, algumas turmas que até outro dia estavam com duas disciplinas, imagine você passar seis meses pagando duas disciplinas sendo que o mínimo que a universidade tem pra oferecer é 5, então tem esses problemas-

NEM BANCO PRA SENTAR

Quanto a infraestrutura, o estudante de História afirmou que falta até banco pra sentar no prédio da universidade e não autonomia em Codó sequer para trocar uma lâmpada do enorme prédio.

-Tem questão de infraestrutura da universidade, nós, por exemplo, não temos um área de vivência. Se você procurar um banco pra sentar na nossa instituição não tem, então é toda uma questão. Nós estamos sofrendo com uma falta de autonomia, até pra nós trocarmos uma lâmpada nós precisamos recorrer ao campus do Bacanga. Pôxa, mas como assim? não sabemos gerenciar o mínimo de recurso pra nosso campus?, então é uma gama de problemas e nós estamos articulando para que seja resolvido – sustentou

OCUPA UFMA

Por causa da energia cortada e de todos estes problemas os alunos estão OCUPANDO O PRÉDIO da UFMA em Codó desde às 18h da última sexta-feira, 17. Nesta segunda-feira, pretendem aumentar o número de participantes do movimento que também ocorre em Bacabal.

Se nada for resolvido, eles pretendem impedir o funcionamento da universidade a partir das 14h desta segunda-feira.

6 comentários sobre “Estudantes revelam que problemas na UFMA Codó vão muito além do abandono do alojamento”

  1. A luta continua!!!! Ressaltando na conversa do discente Augusto um outro problema que o campus tem é o funcionamento do RU (Restaurante Universitario) que até o momento nunca veio a funcionar… No dia da inauguração ele tava todo “bonitinho” que quem olhasse imaginaria que ele estaria em perfeitas condições de funcionamento. Só que a realidade é outra… A questão da segurança no campus não ajuda… Se forem observar os portões ficam aberto pra qualquer indivíduo entrar, seja no pátio ou até nas salas…
    Em relação a casa dos estudantes, a casa não tem uma infraestrutura que uma casa estudantil deve ter… os moradores da casa disseram que quando chove a casa fica alagada até nos quartos por conta das goteiras que existem no forro. Sendo que os residentes correm risco de saúde, caso venha o forro desabar por tanto acumulo de água existente pelos tempos que a casa tem…
    A LUTA CONTINUA!!!

  2. Problemas deste tipo existem na UFMA em São Luis, imagine nos Campi no restante do estado…
    Essa é a Pátria Educadora: cortes altíssimos no orçamento das universidades.

  3. A Ufma está com muitos problemas sim. Mais além do problemas da residência estudantil o pior deles é falta de professores em cada período. Os professores saíram de licença sendo que,não há substituto. E assim, passamos um período inteiro com duas disciplinas sendo prejudicados. Pois há alunos que ingressaram no campus de Codó no ano de 2010 e 2011 que nunca contaram grau por que ainda estão pagando disciplinas que são ofertadas e não tem professor pra ministrar. 5 anos cursando licenciatura. O descaso vai muito além do que os olhos podem ver.

  4. A Ufma está com muitos problemas sim. Mais além do problemas da residência estudantil o pior deles é falta de professores em cada período. Os professores saíram de licença sendo que,não há substituto. E assim, passamos um período inteiro com duas disciplinas sendo prejudicados. Pois há alunos que ingressaram no campus de Codó no ano de 2010 e 2011 que nunca conlaram grau por que ainda estão pagando disciplinas que são ofertadas e não tem professor pra ministrar. 5 anos cursando licenciatura. O descaso vai muito além do que os olhos podem ver.

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