Os pedidos de socorro não param na central de regulação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Codó. Registramos um verdadeiro, do outro lado da linha estava alguém, realmente, precisando de ajuda.

Mas nem sempre é assim, dados do serviço mostram que pelo menos 40% das chamadas mensais  são feitas por pessoas que só querem atrapalhar.

IRRESPONSABILIDADE ALARMANTE

Das 19.775 ligações feitas, ano passado,  para o 192 do SAMU Codó, exatamente 7.889 foram trotes. A maioria delas partiu de orelhões instalados na porta de escolas e estas ligações foram feiras por crianças e adolescentes que chegavam ou saiam do colégio.

O médico Epitácio de Carvalho Santos Filho sustentou que a brincadeira é tão perigosa que pode levar alguém à morte por falta de atendimento no momento em que o trote está sendo feito.

“Geralmente trotes de crianças e adolescentes, congestionam a linha do SAMU, com ligações inoportunas, muitas vezes, inclusive, em horário  de pico. Muitas vezes, nós atrasamos de uma ocorrência de rua, de uma ocorrência domiciliar que demanda uma certa agilidade da gente, justamente em virtude das linhas congestionadas pelos trotes”, reclamou o médico

O SAMUZINHO

Anunciado ano passado o projeto educacional chamado  SAMUZINHO, que levará noções básicas de saúde e conscientização contra os trotes às escolas, não chegou a ser efetivado. Ele é a principal estratégia contra os irresponsáveis.

Diante da gravidade do problema, o diretor do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, médico Digeorgio Martins, fez uma nova previsão e disse que também o levará para escolas particulares.

“Na verdade ele não foi agora recentemente porque, na verdade,  tava esperando o início do ano letivo, então eu acredito que daqui, mais ou menos, ums 15 dias a gente tá sentando já com a secretária de Educação, em parceria, vale ressaltar que é um cronograma que vai se estender também, vai contemplar tanto as escolas públicas e privadas”, garantiu Digeórgio