A Juiza de Direito, Stela Pereira Muniz Braga, da 3ª Vara, Comarca de Codó, concedeu entrevista ao radialista, César Santos, da rádio Eldorado AM, falando sobre o dia Internacional da Mulher.
Dra. Stela fez referências às conquistas do sexo femino ao longo da história.
“Ela deixou de ser somente aquela mulher submissa, dona de casa, passando a ter uma participação efetiva dentro de casa não só no comando das ações domésticas, mas também no suporte financeiro que é dado ao sustento da família”, disse
“ELES SE COMPLETAM”
Para a juíza, a mulher tem talentos incríveis para as mais diversas áreas da atividade humana, sendo mais sensível e produtiva que os homens em algumas destas atividades, mas isso não significa que deva existir, por isso, uma competição entre os sexos, pelo contrário, eles se completam.
“Na realização de negócios, ela é mais sensível. Ela tem uma visão diferente, então ela, em muitos aspectos, consegue se sobrepor a iniciativa masculina, mas eu acho que a gente não deve criar um nível de competição nesse aspecto porque acho que homem e mulher se completam, acho que existem homens competentes e mulheres competentes”, destacou
PELO FIM DA DISCRIMINAÇÃO
Mesmo diante dos avanços no campo do direito e da igualdade, a juíza não deixou de destacar o problema da violência doméstica, por exemplo, um mal que ainda prejudica a vida de muitas mulheres. Parte da sociedade masculina ainda se mostra machista.
“ Muitas mulheres teem sido vítimas de violência doméstica até por conta dessa situação. O homem na sociedade ainda é muito machista, ainda discrimina a mulher em muitas circunstâncias, mas eu acredito que a gente vá conseguir alcançar o nosso espaço com a dignidade e o respeito que todos nós merecemos”
Dra. Stela continuou, agora chamando a atenção para o que ocorre na iniciativa privada, referindo-se a disparidade salarial ainda aplicada no Brasil.
“As mulheres estão cada vez mais ativas na sociedade e em muitas situações sendo, as vezes, até um arrimo de família e isso foi conquistado a duras penas e ainda hoje a mulher ainda não ocupou o seu devido lugar no meio social, tendo em vista que até na iniciativa privada, ela ainda continua ganhando menos que um homem mesmo ocupando um cargo idêntico”, frisou
MUITO A CONTRIBUIR
Mas ela também deixou evidente sua esperança em ver a igualdade reinar, pois é da própria mulher, em sua opinião, a vontade de crescer, de contribuir para uma sociedade mais justa.
“Existe uma vontade da mulher de crescer, de contribuir, de ser mais afetiva na sociedade contribuindo, cada vez mais, como seu trabalho. Nesse aspecto eu acho que a gente tem muito a contribuir, a sociedade também precisa contribuir até porque hoje é inadmissível que a gente viva num mundo, numa sociedade onde as mulheres estão sendo mortas, agredidas físico e psicologicamente em virtude de um complexo, muitas das vezes, de inferioridade do companheiro, do esposo, dentro de casa”, concluiu