Na entrada da obra de mil residências do programa Minha Casa, Minha Vida, em Coroatá, os operários colocaram um trator. Quando de nossa visita ao canteiro de obras o ajudante de eletricista Edvagner Alves de Oliveira, explicou o motivo da seguinte forma.
“Serve pra não deixar nenhuma carrada de tijolo entrar, nem gente também entrar da parte de funcionários, nada não vai funcionar nada enquanto não legalizar a nossa situação ninguém vem trabalhar”, justificou
A maioria dos mais de 300 trabalhadores já estava em casa, mas ainda encontramos um grupo, também parado, que reclamava de falta de cumprimento de contrato por parte da empresa que ganhou a licitação. O pedreiro, Lucenilton Castro, por exemplo, depois de uma casa pronta diz que deveria receber R$ 1.800, mas, num envelope, só entregaram R$ 278. Desde então, recusa-se a voltar a trabalhar.
“Eu não vou não, se eles ajeitar e quiser ainda vou, mas se não ajeitar num vou de jeito nenhum porque não tem condição, eu to com minhas coisas tudo atrasada, nem dinheiro pra gasolina eu tenho”, disse
Para quem tem caçambas como o empresário, Wemerson Melo, prestando serviço, a situação é pior. Wemerson garantiu que a última vez que recebeu pagamento foi no início de junho.
“eu tô sem receber dinheiro a partir do dia 5 de junho, até hoje…QUANTO O SEU TEM EMPENHADO AÍ? Rapaz, mais ou menos uns 20 e poucos mil…E O QUE A EMPRESA ALEGA? A empresa alega que vai pagar hoje vai pagar amanhã e nunca paga”, revelou indignado
PROCURAMOS A EMPRESA
Estivemos no escritório da empresa Jeová Barbosa Engenharia Ltda. responsável pela obra do Minha Casa, Minha Vida com orçamento de mais de R$ 56.999.635,34. Tentamos conversar com representantes da diretoria que ficam no local, mas fomos informados pelo vigia, que sequer veio abrir o portão, que estavam em reunião e não poderiam nos atender.
Para o operários tem sido assim, nos últimos dias, pouco se consegue falar com alguém por lá.
“Fica enrolando dizendo que é culpa de gente lá de São Luís, é diz que foi a contabilidade que errou, aí fica um jogando pro outro, se escondendo….E OS COMPROMISSOS DE VOCÊS? Os compromissos da gente tá tudo atrasado paga”, disse Edvagner Alves de Oliveira.
“A gente resolveu parar a obra pra ver se recebe o dinheiro da gente …SE NÃO PAGAR? Se não pagar a gente vai pra Justiça procurar os direitos da gente”, justificou o empresário Wemerson Melo á nossa reportagem
INCERTEZA NA ENTREGA
As mil casas do residencial Eco Marajá, previstas para serem entregues em 18 meses , já tem prazo incerto porque os trabalhadores sequer, até então, receberam qualquer proposta da empresa responsável pelos pagamentos.
“Tem que regularizar, eles vão ter que pagar o salário das pessoas que estão em atraso pra poder a obra continuar porque senão vai parar mesmo”, frisou o ajudante de pedreiro Marcelo Fernandes dos Santos
Uma Resposta
EU SÓ QUERO DEZER QUE ESSA CASA SAIAM LOGO ONDE EU SER CONTENPRADO NA MINHA CASA MINHA VIDA,QUE EU POSSAR SAIR DE ALUGUELMELHO COISA QUE TEM É VOLTAR PARA CASA