A pergunta que intitula este artigo político pode começar a ser respondia com o que há de comum entre Francisco Nagib, Ricardinho Archer e Rodrigo Figueiredo – todos são filhos de grandes políticos de Codó e estão pré-candidatos, declarados, à alguma coisa, seja ano que vem, na corrida para prefeito e vereador, ou na disputa para deputado em eleição posterior a de 2012.
Inevitavelmente são os nomes que darão sequência ao legado político de suas famílias, tidas como tradicionais neste ramo. O respaldo de vossos antecessores consanguíneos lhes dão garantia de que, em algum tempo, eles comandarão os destinos deste município. Goste você ou não da ideia.
Deixando o campo das convergências, vamos para o ponto X da questão (ou seria N e R?). O que há de diferente?
SUANDO NA BATALHA
O blogdoacelio esteve como observador, que sempre foi, no jantar oferecido, na mansão Oliveira, aos empresários da cidade na noite da última quarta-feira, 14. Entre os discursos, o de Francisco Nagib.
Como foi um de seus primeiros, ele deverá se lembrar daquilo enquanto vida tiver. Lembrar-se-á do frio na barriga, do público que o olhava fixamente enquanto suas palavras saiam em meio a firmezas e a busca pela postura de quem lançou-se ao desafio. Ele impressionou pelo discurso? Não senhores(as), nem poderiam os presentes cobrar-lhe tal façanha, afinal foi seu primeiro longo discurso.
Mas ele impressionou por algo que todo político precisa ter – coragem. Ao encarar aquela plateia e dirigir-se à todos, usando um microfone, ele deixou na mente de quem o assistiu, no mínimo, uma mensagem que diz “eu estou aqui e estou disposto a superar qualquer obstáculo”.
CAIU DENTRO
Eis uma grande diferença de seus demais jovens concorrentes. Nagib já está dentro do que escolheu pra fazer. Já despertou para o fato de que o dinheiro, pois ninguém pode negar que trata-se de um milionário, em nada lhe ajudará sem o corpo a corpo, sem as noites sem sono, sem a poeira das estradas vicinais da zona rural sobre suas vestes, sem acordos que exigem habilidade de diálogo, sem o NÃO e o SIM na cara e sem o voto do eleitor que deve ser conquistado todo dia, toda hora, durante 30 dias do mês.
Ele, acostumado a realizar sonhos de outras pessoas e ter o que sempre quis quando bem entende, já está vivendo a dura batalha de ‘sangue’ e suor para realizar o próprio sonho.
DESAPARECIDO
Na contramão disso, anda, até agora, Ricardinho Archer, que, simplesmente, desapareceu. Aguardando ser chamado para assumir, ainda que temporariamente a vaga na Câmara Federal, o representante da família Archer não costuma ser visto na cidade.
O pai é considerado mestre na arte da política, senão o fosse dificilmente seria prefeito de dois mandatos consecutivos, mas nem Ricardão poderá fazer muito para transferir votos para seu primogênito ausente. Quem não é visto, não é lembrado, já diz o jargão que cai como uma luva para este momento do texto.
Ricardo pai já garantiu neste blog que poderá e será candidato a prefeito ano que vem, mas, caso a Justiça não o conseda tal graça, Ricardinho é seu substituto natural. Em qualquer das hipóteses já deveria estar se mexendo também. Se o filho não for o candidato, presente e em campo, poderá fazer o reverso, ou seja, tentar devolver ao pai os votos que lhes foram confiados na última eleição, pois é certo, que nem todos aqueles pertenciam à Ricardão, como ele pensa.
IMITANDO O VOVÔ
Rodrigo, se o povo quiser, como ele disse, é pré-candidato a vereador ano que vem e se Biné quiser ele pode ser o próximo deputado estadual no lugar do próprio pai, Camilo Figueiredo. Tem usado a mídia da família e os canais políticos já construídos, também.
Rodrigo já entregou presentes para crianças e já foi visto em eventos da zona rural, sobretudo em comunidades aliadas ao avô dele. Não com a mesma intensidade de Nagib, pois são projetos diferentes, mas Rodrigo está em campo, muito mais, indiscutivelmente, que Ricardinho.
Como está no sangue, ele pode querer imitar o avô, Biné, que some durante quase 4 anos e reaparece no período eleitoral. A tática já funcionou duas vezes, não sei se funcionará novamente ano que vem, portanto, é bom Rodrigo abusar da saúde que dispõe e fazer diferente. Corpo a corpo, quanto mais cedo, mais resultado gera. Desmancha a mancha do político Copa do Mundo.