Sérgio Jr registra o momento exato em que os educadores foram perguntados se queriam ou não dar início à greve.

Os braços levantados registraram o NÃO, em resposta ao presidente do SINDSSERM, professor Antonio Celso Moreira.

Os professores usaram alguns documentos para dar base aos seus discursos.

profissionalmente um deles aparece aqui com fundo desfocado, destaque para o que estava sendo lido pelo presidente do Sindicato.

Uma das marcas do manifesto da manhã desta segunda-feira, 21, foram os protestos registrados em faixas e cartazes.

Nesta Sérgio Jr. registrou um pedido de valorização do educadores. Ao fundo uma escola da rede pública municipal que ficaria com aula prejudicada caso os manifestantes escolhecem entrar de greve. O bom senso imperou de ambos os lados. Foi melhor assim, principalmente,para mais de 20 mil alunos do ensino fundamental.

O Sol já não era tão companheiro quando a caminhada descia a Av. Augusto Teixeira, depois das 10h da manhã.

Sérgio clica o recorrer dos manifestantes ao amigo guardachuva. Uma forma de conter os efeitos dos raios ultravioletas e manter a caminhada que marcou a vitória dos professores sobre o Governo Municipal, em várias de suas reivindicações.

Obrigado ao fotojornalista Sérgio Jr pela colaboração ao www.blogdoacelio.com.br

Os professores realizaram na manhã desta segunda, 21, uma reunião na praça Palmério Cantanhêde, para decidir se a categoria ficaria ou não de greve a partir desta semana avaliando a posição do governo que comprometeu-se a atender várias das reivindicações, entre as quais, destacou José Galvão Austríaco, a eleição para diretores nas cinco maiores escolas de Codó e a regularização da merenda escolar.

“A atual administração fará, realmente, a eleição dos diretores nas cinco maiores escolas, observando o seguinte que o Sindicato terá também a oportunidade de estar junto elaborando o edital dessas eleições, sem contar a questão da merenda que terá uma maior fiscalização, observância”, afirmou Galvão

MENOR, MAS MELHOR QUE NADA

Além disso, a Secretaria de Educação também garantiu aos educadores que, já no próximo pagamento, reajustará o salário em 7%, retroativo a janeiro deste ano. O número é diferente dos 21,70% pedidos, mas diante do que receberam de contra-proposta resolveram recuar e não iniciar a greve.

“Nós como educadores teremos paciência, é o que nós estamos propondo aos colegas da profissão…Iremos voltar pra sala de aula, iremos voltar para a escola, observar no decorrer de alguns meses, por exemplo, até junho, enquanto o Poder Público se organiza para cumprir melhor”, afirmou a professora Fátima Falcão

POR TODOS

Os manifestantes fizeram questão de deixar claro que a luta não é apenas por melhores salários. Foi o que ficou evidente na fala da educadora, Luciane Lopes.

“É importante frisar pra sociedade que esta nossa manifestação não é somente pelo reajuste salarial, mas também pela condição de trabalho. Nós também estamos lutando não só por nós professores efetivos, sabemos também que os contratados trabalham tão bem quanto os efetivos, eles também são merecedores”, frisou Luciane

SUSPENSA, NÃO ELIMINADA

Ao final uma caminhada descendo a Augusto Teixeira foi realizada, mas desta vez foi para comemorar as vitórias frente ao governo diante da ameaça de greve.

“A greve foi suspensa, mas com esta condição – que seja realmente cumprida aquilo que está assinado pelo procurador do município, pelos secretários municipais e até mesmo pelos promotores”, disse o presidente do Sindicato, Antonio Celso Moreira

A falta de vagas nas escolas atinge muitos bairros, mas de acordo com os registros do Conselho Tutelar, do São Raimundo vem o maior número de reclamações.

O problema torna-se mais evidente entre pessoas que moram em povoamentos novos dentro da cidade. Em áreas como a Vila Camilo II em muitas casas pelo menos uma criança ainda não conseguiu vaga na escola mais próxima.

PROCURANDO

Com alguns endereços fornecidos pelo Conselho Tutelar saímos a procura de famílias que ainda buscam vagas. Dona Raimunda Machado, lavradora, luta por uma para a filha de sete anos de idade.

A menina, que ver os irmãos saindo para o colégio, cobra todos os dias.

“é só no que ela fala, mãe eu quero estudar, quero estudar os meninos estão indo para o Colégio, eu quero estudar mãe e o quê que eu vou fazer? Eu sou pobre não tenho condição, jeito a dar agora ainda não…PODE COLOCÁ-LA NA PARTICULAR? Posso não”, respondeu a lavradora

BOLSA EM RISCO

Outra preocupação das pessoas é com o Bolsa Família. Para garantir o benefício a matrícula e a requência escolar são requisitos indispensáveis. A sobrinha de Noélia DA Silva Cunha corre o risco de perder a ajuda do governo.

“A FAMÍLIA ESTÁ COM MEDO DE QUE FIQUE SEM ESTUDAR? Com certeza, sem falar que quando passa dois, três dias sem ir pra escola pode dá problema no Bolsa Família e ela necessita muito dessa renda”, disse

CONSELHO TUTELAR

O Conselho Tutelar, por orientação do Ministério Público, está registrando os casos e encaminhando-os para a Secretaria de Educação. Segundo o conselheiro, Manoel Junior, o governo já se comprometeu em arranjar vagas para quem procurar o órgão de defesa da criança e do adolescente.

“Com certeza as pessoas estão vindo ao conselho porque acreditam no trabalho do Conselho, nós vamos está fazendo o nosso papel, levando essas informações para a Secretaria de Educação e eles com certeza já estão assumindo o compromisso para que coloque essas crianças em sala de aula”, afirmou o conselheiro

SECRETÁRIO FALA

O blog do Acélio também ouviu o secretário Jacinto Junior sobre o assunto. Para o secretário a falta de vagas é crônica porque os governos que antecederam Zito Rolim não se preocuparam em construir escolas na cidade.

Segundo informações do secretário, só para atender a demanda da Trizidela, atualmente, no mínimo mais 4 escolas deveriam ser construídas. No Codó Novo, onde o Conselho Tutelar também já tem casos denunciados, o número de novas construções é maior.

Jacinto Junior garantiu que o governo vai fazer o que puder para não deixar ninguém fora da sala de aula. Também está fazendo um levantamento de demanda para ver, por bairro, quanto o município terá que investir para construir escolas.