Comerciante e industrial, dedicado ao beneficiamento do arroz. Casado com Teonília Ramos Teixeira teve uma única filha- Lucília, que, mas tarde casou-se com o seu primo – Lucas Teixeira Mota.

Atuava em hostes políticas opostas ás linhas seguida pelo Coronel Sebastião Archer, tendo este, proibido a passagem de veículos pertencentes a Augusto Teixeira pelo caminho – S. Silva, que mais tarde, tornou-se a rua do mesmo nome.

Lembramos que esta estrada foi construída pelo Coronel Sebastião Archer, que lhe dava o direito de tráfego, mediante Contrato de Privilégio, assinado com a Prefeitura, em 27 de novembro de 1918, perante o prefeito Braulino César de Carvalho.

Augusto Teixeira, sentindo-se prejudicado, conseguiu junto à Prefeitura, em 27 de fevereiro de 1924, contrato idêntico, que obtivera a empresa S. Silva, representada pelo seu gerente – Sebastião Archer, permitindo – lhe melhorar o tráfego no caminho da Boiada, hoje denominada a aprazível Avenida Augusto Teixeira, rumo à antiga Mata do Nascimento, principal celeiro agrícola da região.

A sua residência, localizada na atual Rua Presidente Vargas, hospedava como católico praticante e com toda fidalguia que lhe era peculiar, as altas autoridades do Clero do Maranhão, que se destinavam a Codó. A sua esposa – Teonília Ramos Teixeira, carinhosamente chamada Lalá Ramos, de ilustre família maranhense, da qual eram membros: o deputado e jornalista Ulisses Palhano de Jesus, Cônego Osmar Palhano de Jesus, pintor, músico e poeta. Coadjuvava prazerosamente o marido em todas as ações de caráter religioso e beneficente. No Codó, existe uma Escola que, em reconhecida homenagem, ostenta o nome da ilustre senhora – “Escola Lalá Ramos”, vinculada à Sociedade Pestalozzi, existente em todo o Brasil, cujo objetivo é proporcionar uma educação ás pessoas com necessidades especiais.

Augusto Teixeira, embora não militando a nenhuma facção política, tinha suas simpatias por algumas agremiações partidárias, levado por laços de amizades, como: Dr. Deoclídes Mourão, Major Alcebiades Silva, o seu cunhado e vereador Najas Milet, pai do eminente político Clodomir Teixeira Milet, o empresário Manoel Pedro, Henrique Coelho Nascimento, José Gerude e outros que faziam parte do seu grande ciclo de amizade.

Este homem, até certo ponto introvertido, gostava mais de  ouvir do que falar, mas se encontra arraigado de modo permanente, parece mesmo personificado, no majestoso boulevard – Avenida Augusto Teixeira, verdadeiro cartão – postal da cidade. Redime assim, a feição introspectiva do cidadão Augusto de Araújo Teixeira, nascido a 2 de Janeiro de 1886. Os seus restos mortais repousam no cemitério central de Codó.

Codó – MA, 02 de dezembro de 2013.           Prof. Carlos Gomes.

Sócio Fundador da Associação Cultural Codoense “Antonio Almeida Oliveira”

Transcrito do Livro Codoenses & Não Codoenses, aguardando publicação