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Quando li essa frase de efeito inscrita num outdoor justamente no período culturalmente consagrado ao Filho de Deus – na tradicional mística natalina – em que o principal objetivo (pois nesse mesmo período o homem torna-se completamente “submisso”, “manso” e “amável” em relação ao outro) é engendrar uma falsa ilusão de que o amanhã será emancipado e algo fabuloso, extraordinário vai acontecer em beneficio de uma coletividade, inclusive, tal frase insinua especulações de toda ordem nos neurônios dos simples mortais – sim, dos simples mortais mesmo, aqueles incautos, despossuídos, carentes de dignidade e esquecidos pelos agentes políticos e que, periodicamente, são visitados por estes, colocando-se como ‘ungidos’ e ‘salvadores da pátria’; e, no entanto, a esperança implode numa peculiar traição àquilo proposto e, assim, permanece a contumaz resiliência de uma realidade sustentada no conceito abstrato manipulador.

Professor Jacinto Junior – um pensador contemporâneo

Sim, é fundamental explorar o mundo da abstração, especialmente quando o conjunto das ideias insinua cabalmente a percepção de uma realidade inusitada. A gestão Mais avanço, mais conquistas” explora com aguda eficiência essa estratégia política. De um modelo concentrador neoliberal para a imagem de um governo fortuito socialmente e comprometido com o futuro da cidade; em outras palavras, um governo propositivo e absolutamente democrático – essa falsa ideia não convence mais, nem mesmo uma ingênua criança de 13 anos.

Ora, a frase oca – “o melhor ainda está por vir” – denuncia exatamente o oposto daquilo que se propõe como algo novo e extraordinário a ser concebido e/ou gestado. Se, de um lado, já se passaram dois anos dessa gestão autoritária, antidemocrática e antipovo, e ainda não fora apresentado nenhum grande projeto inovador que tenha como base fundamental a coletividade; e, de outro, essa mesma coletividade espera acontecer uma ação política que, de fato, corrobore com a supressão dessa densa crise que tem sufocado a vida não apenas dos trabalhadores – desempregados, subempregados -, mas, sobremodo, o setor econômico local – sem circulação de capital – que permanece estrangulado, arrefecido.

Seria mais sensato e coerente que o governo – “Mais avanço, mais conquistas” – pudesse se despir de suas fraseologias ocas e, efetivamente, mostrasse para que veio de verdade, porque até o presente momento, vimos somente blablablabla e mais blablablabla. Esse governo acha mesmo que a frase de efeito é suficiente para contemplar um futuro brioso e altamente revolucionário mesmo sob o ponto de vista liberal?

Aprofundemos mais ainda o estratagema embutido no interior dessa fraseologia oca.

Primeiramente é fundamental refazermos a retrospectiva do biênio – 2017/2018 -, para compreendermos o sentido místico que trás consigo tal frase oca. Fora atos que, em sua maioria desagradaram/prejudicaram a comunidade codoense como um todo basta citar como exemplo, o fechamento de unidades escolares na zona rural, o caso das demissões em massa, da redução dos incentivos (incluindo ai as gratificações dos gestores e vices de escolas), a substituição de mais de 30 pontes de madeiras por pontes de concreto, do não cumprimento do pagamento do 13º salário na data de aniversário do servidor, a ‘dobradinha’ com uma gratificação irrisória, a quebra da tradicional data do pagamento dos servidores da educação, a terceirização do serviço público como vigilantes e zeladoras e etc., são alguns exemplos que dimensionam as características administrativas dessa gestão autoritária, antidemocrática e unilateralista.

Como podemos avaliar objetivamente essa frase oca em sua totalidade?

Classifico quatro elementos que demonstram a relatividade (no sentido de realizar políticas públicas efetivas) no contexto dessa idiossincrática frase oca:

  1. Com efeito, não há um prognóstico plausível que indique alguma alteração estrutural no quesito administrativo que quebre a monotonia dessa gestão conservadora e ultraliberal;
  2. O porvir não é a garantia de um desenvolvimento social sustentado no equilíbrio entre os figurantes que necessitam do braço do poder público para ajuda-los na perspectiva de um padrão de vida melhor, pois os últimos dois anos apontaram para o engessamento social e paralisia econômica e como resultado a ampliação da miséria, da pobreza e marginalidade econômica;
  • Deliberadamente, tenta restabelecer sua incrédula credibilidade enquanto gestor e, para isso, procura anestesiar a comunidade com aquilo que não realizou e nem realizará futuramente;
  1. E, por último, a incapacidade da gestão em criar emprego e renda, bem como a questão em equilibrar os efeitos negativos de suas ações desnecessárias.

  A frase oca insinua a temperança daquilo que inexiste. Há sim uma internalização que encobre qualquer forma de injustiça e autoritarismo, exclusão e opressão, conservadorismo e seletividade. Porém, não é necessário explicitar essas características perversas para reafirmar sua imponderada virtude. Apenas as medidas tomadas falam por si e denotam a verdadeira objetividade dessa gestão autoritária, antidemocrática e antipovo.

O que se tem na realidade, é uma frase bem bolada e de efeito casuístico/simbólico. Na verdade, o ano de 2019 como de praxe é o momento que antecede os ventos eleitorais e é também acompanhado de mui atividades de natureza social em que o elemento primordial agora entra em cena com a finalidade de reproduzir a ilusão política de um movimento proativo e redentor para satisfazer as imediatas necessidades da coletividade menos favorecidas. E o que temos? Absolutamente nada! Alias, podemos enumerar um quadro macabro em que as cores vivas sumiram e cederam lugar para as tonalidades sombrias, escuras e esmaecidas. A coletividade codoense enfrenta um ambiente hostil e agressivo. Urge uma demanda revolucionária para restituir a cidadania desprezada por essa gestão insensível e egoísta.

Essa frase oca –“o melhor ainda está por vir” – ganha contornos essencialmente refinados ou, em outras palavras, não apresenta um espectro real, indica uma incrível percepção de uma imagem surreal do que seria um porvir grandioso, meticulosamente promissor. Essa ideia expressa na realidade algo improvável, visto que decreta um modo indefinido de ser e de viver de uma coletividade, pois, pressupõe a possibilidade de algo inexistente. Porque “o melhor ainda está por vir” não explicita o concreto, o real, mas, sim, o abstrato, o invisível?

Temos uma cidade completamente arrasada pela inoperância/incapacidade administrativa, sem iniciativa para desencadear um processo inovador e renovado no contexto social extremamente dinâmico e volátil.

Sintetizando ainda mais essa mirabolante frase oca: ontem, algo a ser feito, hoje ainda se espera algo a ser feito e amanhã…. bem… amanhã, só a esperança, a esperança em algo que se assemelha a uma fumaça, nevoeiro e muitas incertezas quanto a concretude de “o melhor ainda está por vir” para nossa cidade crescer, florescer e prosperar com dignidade e cidadania. Para isso, é indispensável que a gestão “Mais avanço, mais conquistas” inverta a lógica do pensamento único em favor das maiorias desassistidas. Pois, prevalecendo esse conceito liberal insano e egoísta permanecerá o fosso entre riqueza e pobreza, abundancia e miséria e etc.

9 comentários sobre “Por Jacinto Junior: “O MELHOR AINDA ESTÁ POR VIR”: O ANÚNCIO EMBLEMÁTICO DE QUEM AINDA NÃO MOSTROU PARA QUE VEIO, APESAR DE TUDO!”

  1. Uma coisa eu sei!!! A educação está anos luz da época em que vc Jacinto, dizia que era secretário!! Faça uma crônica da época que tu passou pela secretaria de educação ( se tu tiver coragem),ao invés de só criticar, emita opinião a respeito da pasta que tu já teve oportunidade e nada fez!! Vamu lá, tô aqui esperando!!??

    1. Nem consegue disfarçar o teu argumento “Eu sei”? Criança bobinha! Vai crescer, rapaz e para de ficar por trás de pseudônimos, te garante como individuo que vive socialmente, não seja acovardado pelas circunstâncias!

  2. Vou clarear sua mente , Jacinto. Você , junto com Zito entregaram a Nagib a clínica de hemodiálise fechada, Nagib fez funcionar. Você com Zito entregaram o HGM todo quebrado, Nagib reconstruiu e fez o setor de emergência funcionar.
    Você , Jacinto, entregou 57 escolas de palhas a Nagib, ele já eliminou 15 e nucleou a educação do campo. Você entregou a Nagib 90% das escolas destruídas. Nagib já reformou 26.

    Agora o mais grave, você e Zito entregaram a Nagib mais de 1.000 pessoas que recebiam sem trabalhar.

    Você e Zito entregaram a cidade toda destruídas por buracos, entregaram o restaurante popular fechado, entregaram os professores contratados ganhando menos que o efetivo,entregaram as escolas sem merenda. Esse foi o seu legado com o Zito.

    1. Acélio, não sei não, mas, o ‘Eu sei’, é aquele elemento que quer ser importante, mas nunca logrou êxito, mas mesmo mesmo assim em seu cérebro de ‘toucinho’ -, ele continua a se portar como um ser genial. Contudo, sua conduta reprovável o levou para debaixo do chinelo da burguesia e vive de favor e de favor o individuo perde sua dignidade e seu valor. Pena que eu não segui seus passos acovardados. Ele sabe bem os números do governo. Eu gostaria que você – “Eu sei” – elaborasse um contraargumento e o publicasse, como eu tenho coragem de fazê-lo e os exponho publicamente. Me mostre seu cabedal de conhecimento. Me mostre sua grandeza intelectual. Mostre-me seus pensamentos críticos e coerentes. E não seja apenas um rato de coments. Viva o conhecimento, viva a coragem, viva a liberdade, viva a dignidade!
      Saudações cientificas, meu caro “Eu sei”.
      PS. Eu sei quem tu és…, viu “Eu sei”, mas não o revelarei!

  3. Eu concordo cm Cicim, você e o zito foram um desastre na educação de Codó. Acorda Já Sinto Filho, esse negócio de Paulo Coelho e Marxista nas escolas foi o fim , só quem defendem são voces, porque adoram ensinar ideologia

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