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Prof. Jacinto Junior
Prof. Jacinto Junior

O Brasil experimenta uma nova onda social: a mobilização virtual. As diversas mobilizações que despontaram nos quatro cantos do país – do Iapoque ao Chuí -, tiveram como principal indutor a internet. A geração tecnológica demonstra uma grande capacidade de articulação, contudo, ocorreu um pequeno desvio nesse processo: uma cabeça-guia, um líder com força e intrepidez para comandar o movimento.

Paralelamente, às mobilizações deveria existir uma Frente Nacional e Coordenação que fosse a mediadora nas discussões e que o movimento não nascesse órfão. São indispensáveis três elementos na construção de um movimento com densidade e amplitude social, principalmente, quando ele já detém em si o germe da população, nascido da base, sem a interveniência de lideranças políticas profissionais no gerenciamento da mobilização: proposição, efetividade e permanência.

Se olharmos todas as articulações que ocorreram nos últimos 20 dias no Brasil, constataremos a ausência dessa figura central. É fundamental, também, que os novos “caras-pintadas” diferentemente dos da década de 1990 – que saíram às rua para pedir o impeachment de Collor -, participam de uma mobilização que, queiram ou não, carrega consigo a ausência de um projeto alternativo para o Brasil, aos Estados e aos respectivos entes federativos. Não é possível caracterizar uma Frente sem uma finalidade. É preciso ter claro o senso da responsabilidade e a perspectiva a ser trilhada.

Vejamos, então, quais foram os principais elementos apresentados pelas mobilizações em diversas capitais e distintas cidades em nosso país: corrupção, PEC-37; redução do reajuste das tarifas; crise política. A articulação realizada entra com a possibilidade de querer resolver todos os problemas gerados historicamente, ora, de um lado, é necessário avaliar com mais profundidade as questões prementes; pois, sair às ruas e reivindicar mudanças substanciais sem, no entanto, possuir um norte, um prumo, tal conjectura impede o avanço daquilo que, a principio deveria ser os instrumentos essenciais para tornar-se pauta de negociação com os governantes. Uma discussão política carece sim, de uma pauta elástica e comprometedora, podendo, assim, propiciar as condições viáveis para o desenvolvimento das ações integradas pelo MPL.

Permeia no interior do movimento um discurso com contorno político: a rejeição ao político corrupto. Mas de que forma os jovens identificarão esse político corrupto? A nossa historiografia política nos revela que, o processo eleitoral aponta sempre as mesmas e costumeiras raposas velhas nos representando. E aí, como o movimento pretende instituir métodos que sejam capazes de promover a antipatia eleitoral a esses caloteiros profissionais?

Outro ponto, a ser observado é a presença da grande mídia conservadora (Rede Globo) que tenta induzir e direcionar o movimento para o caráter eminentemente político, ou seja, construindo um discurso paladino na tentativa de confrontar os manifestantes contra o governo neo-reformista de Dilma. Existe, no fundo, uma grande disputa política entre os proprietários dos meios de comunicação de massa, desejando a derrota do projeto nacional em andamento; porque há uma forte pressão popular no sentido de referendar o Marco Regulatório da Liberdade de Imprensa. Contudo, o próprio governo está adiando essa discussão de suma importância para estabelecer os mecanismos e disciplinamento da liberdade de imprensa em nosso país. Note que, o pano de fundo de toda a histeria promovida pela Rede Globo, redunda sempre na imagem do governo Dilma. Mas é bom considerar o que representou e o que representa esse governo atual para cerca de 50 milhões de indivíduos beneficiados com as políticas sociais implementadas nesses últimos 10 anos! Inclusive, a própria ONU declarou o Brasil como modelo de distribuição de riqueza.

Segundo ponto, o verdadeiro motivo dessa mobilização que teve repercussão em todo o país, nas principais cidades-metropoles contaminando os demais entes federativos foi de ordem exclusivamente econômica: o reajuste das tarifas dos transportes coletivos. Lembremos o inicio: há cerca de 20 dias atrás, iniciou-se as mobilizações dos estudantes nos grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, contra o reajuste de R$ 0,20, nas tarifas dos transportes públicos. Já são três anos sem reajustes nas tarifas. Entretanto, vivemos num país capitalista. Os módicos reajustes tarifários foi o estopim de tudo!

Os manifestantes esqueceram um dos atores que geraram toda essa confusão: o empresário. Por isso, é necessária uma avaliação mais comedida e serena no quesito redução das tarifas, pois, o custo final vai ser direcionado diretamente à população, ou seja, quando o governo assume o subsídio, a lógica aponta sempre para uma retirada de recursos de áreas importantes e investimentos futuros que comprometem o nível de desenvolvimento da cidade. Contudo, o empresário jamais será penalizado, sob nenhuma hipótese, afinal, ele mais tarde colaborará nas eleições de tais governantes como recompensa pela isenção.

Sintetizando: o MPL pode e deve realizar de forma sistematizada suas mobilizações questionando não apenas o caráter abusivo das tarifas públicas, mas, sobremaneira, ir para além, provocando discussão sobre temas importantes como a PEC-37, a corrupção, a inanição política gerada por filisteistas miseráveis que pressupõe deterem o poder político e econômico e sentem-se proprietários de BRASÍLIA.

Um conselho a essa garotada ‘sangue bom’ e determinada: construam seus sonhos e utopias, porém, tomem cuidado com o conservadorismo que, direta e/ou indiretamente, promove verdadeiros atos de cooptação e o resultado disso, é o desaparecimento de lideranças fortes e comprometidas com o progresso e a mudança substantiva das estruturas carcomidas. Além disso, acreditem no impossível, não esmoreçam e não recuem. Che Guevara nos ensinou que “o verdadeiro revolucionário é movido por um grande sentimento de amor pela causa”. Se tiveres uma causa lute por ela até o fim e não desvaneça!

A pressão popular já deu resultados positivos. Na sexta-feira (21) Dilma Rousseff usou o canal televisivo para apresentar suas inquietações e considerou algumas medidas importantes para que o país possa equilibrar o nível de desenvolvimento associado a uma reforma conduzida pela Constituinte Exclusiva. Temas como a corrupção a ser tratada como crime hediondo, estabelecendo assim, penas mais duradouras; financiamento de campanhas com recursos públicos e reforma agrária, certamente, implicará uma nova perspectiva sob o olhar participativo da sociedade civil organizada e demais organismos de base.

A inquietação social que toma conta do país deita suas raízes na esperança de uma concepção de governo centrado no aparato democrático e popular. A cultura que emerge exige, por um lado, a intervenção direta do cidadão na confecção do modelo de governança e, de outro, propõe a democratização das políticas públicas onde o projeto idealizado em seu imaginário introduza uma nova cultura baseada na transparência. Por conseguinte, insurgir-se-á a possibilidade histórica de reconstrução do velho dilema que o país enfrenta sem, no entanto, expurgá-lo: a guerra fiscal. Creio ser impostergável a mudança dessa problemática interna, inclusive, proporcionando um resgate histórico que se configura na desigualdade regional de nosso país economicamente.

Que nenhum não oriundo da juventude progressista, seja justificado pelo sim do conservadorismo e, inversamente, tal estratagema inaugure de fato, um novo conceito simbólico de renovação do espírito rebelde e da consciência progressista na esteira da mudança social.

O reflexo da crise imobiliária de 2008, gerada nos EUA, desferiu profundo golpe aos países europeus e, nesse ínterim, o nosso Brasil conseguiu e, ainda, está conseguindo sobreviver sem o receituário do neoliberalismo. Todas as medidas austeras ordenadas pelo BM, FMI e acordado pelo BCE, resultou em ampliação do nível de desemprego com maior incidência na juventude européia, redução do Estado, privatização do patrimônio público, cortes nas áreas sociais etc.

Realmente é necessário que o nosso país sofra uma sacudidela que produza os efeitos positivos e, ao mesmo tempo, renove e revigore suas políticas públicas beneficiando cada vez mais, os necessitados, os flagelados, os ‘esfarrapados’ como afirmava Paulo Freire.

O poder político só poderá sofrer uma mudança profunda quando houver uma reviravolta consentida pelo povo, caso contrário, continuará a mesmice e a ‘in natura’ forma de cultuar persona non grata – como tem sido historicamente -, para permanecer no controle do poder político sob o olhar incrédulo daqueles que se proclamam como céticos opositores.

Acredito que somente o povo é capaz de instigar a tão sonhada mudança e, para isso, deve usufruir seu mais elementar direito: o da intervenção direta no processo político. Que não espere a ‘hora acontecer’, antecipe-se a ela!

“navegar é preciso… morrer não é preciso!”      Que a história nos dê razão e a razão seja reconhecida como condição basilar da transformação de todas as consciências perdidas e quando achadas possam instar um ato solene de coragem e ousadia na perspectiva da tão sonhada mudança social.

20 comentários sobre “Por Jacinto Junior – O saldo das mobilizações: uma avaliação crítica”

    1. De fato, não tenho nenhuma representação legitimada nas urnas para representa-lo, porém, como cidadão aponto caminhos para que a comunidade excluida possa ter um representante pelo mens nocampo teórico. E você o que faz da vida? Es um pária social? Ou és um alienado?

      1. ALIENADO ->Pessoa que não toma conhecimento dos problemas sociais e não tem consciência dos seus direitos.

        PARIA SOCIAL-> Aquele que nao faz seu papel social.

        Sou estudante faço ciência da computação na ufma campus bacanga natural de Codó maranhão, filho de pessoas humildes,residente de republica estudantil da ufma.

        Sou direto e não preciso de palavras difíceis pra dizer que você é um FRACO que nao tem capacidade de assumir um cargo de secretario e nem de politico.Você teve sua vez e mostrou que não sabe representar a comunidade nem como secretario e e nem como cidadão pois isso que você fala na verdade nao é palavra de quem entende de situações sociais e sim palavras de quem quer impressionar os outros com textos longos e chatos pois suas palavras sao de um cara que foi abandonado pela atual gestao politica de codó.

        Você nao tem virtude,no tempo que você era secretario de educaçao você nao sabia nem como criar projeto para cidade só ficava sentado numa cadeira enquanto professores andavam atras de você a procura de emprego
        como dizia ROMARIO AO PELÉ:
        -PELÉ CALADO É UM POETA
        Essa frase serve para você.

        Você é tem caras uma hora ta de um lado e outra hora ta do outro, fica chorando por que perdeu a mamada.

        Minha mãe sempre me orientava para não cuspir no prato que comia, aprendi de verdade que ela estava correta, às vezes fazemos coisas que nos trás um prejuízo tamanho, principalmente quando nosso comportamento é cercado de subserviência, de limitações pessoais e emocionais. Nestes casos o ditado popular é ainda mais evidente, e lembrar nunca é demais. “Cuidado não cuspa no prato que comeu.” Você pode muito bem voltar a precisar dele para se alimentar.

        E ainda vem falar de teoria já que na pratica não deu certo quando tava do outro lado.

        Se nós JOVENS SOMOS ALIENADOS, você tem culpa pois você era secretario de educação a não fez nada para melhorar isso. Assuma isso. Pois a SECRETARIA DE EDUCAÇAO tem de no minimo zelar para a formação para o exercício da cidadania, fornecer meios indispensáveis para progredir no trabalho e em estudos posteriores. ASSUMA SEU ERRO CARA.

        Você antes contribuiu para nós jovens encalhar.ASSUMA. Nao é atoa que estamos indignados, pois você é um fraco ASSUMA SEU ERRO.

        Nao sou alienado, nao sou pária social, SOU JOVEM. E ME RESPEITE

        1. “Só o conhecimento trás o poder”, Freud foi muito categórico. A mim não importa o que pensas a respeito de minha pessoa, contudo, eu o parabenizo pelo esforço e a conquista alcançada, não pelo fato de ser pobre e humilde, mas, pelo fato de ter uma pessoa para lhe orientar: a sua mãe. A minha conduta, como você afirma não condiz com vosso argumento torpe, mas posso garantir-lhe que estou muito bem alocado com minha consciência e o meu nivel de conhecimento. Só não gosto de me apresentar com insultos e agressões. Que legal você ter recorrido ao filólogo Buarque de Holanda para compreender a definição de pária e de alienado. Saudações meu caro Universitário, continue esbravejando, o mundo lhe ensinará e nem tudo o que dizes farás. Apenas estais iniciando uma caminhada e logo, logo, saberá como retirar os espinhos que te ferirão. Não se irrite e não demonstre ódio contra quem nem conhece.Também sou de origem humilde, minha família é de roceiro, entretanto, consegui chegar alçar voôs com minha capacidade e não por intermédio de negociação.Chega, a partir de hoje, não mais perderei tempo com estrangeiro, é uma pena. Valeu, bulfão!

          1. NAO TENHO NADA CONTRA SUA PESSOA.

            Sou contra aquele ex- secretario de educaçao que agora quer dar uma de inteletual e vive com dor de cotovelo por que perdeu a mamada.

            Cara, eu te vi foi carregando a BANDEIRA numa moto do partido do PV nas campanhas eleitorais 2008. Você andava na rua paraguai toda com uma BANDEIRA VERDE.

            Eu carrego comigo a BANDEIRA DE CODÓ, por que tenho orgulho de ser codoense e quero ver minha cidade crescer.

            Agora vamos ver quem fez papel de BUFAO. se foi eu ou voce?

            BUFAO-> Personagem de comédia,riem de sua desgraça, oferecendo uma crítica à sociedade.

            TEU PASSADO TE CONDENA CARA.

      2. ALIENADO ->Pessoa que não toma conhecimento dos problemas sociais e não tem consciência dos seus direitos.

        PARIA SOCIAL-> Aquele que nao faz seu papel social.

        Sou estudante faço ciência da computação na ufma campus bacanga natural de Codó maranhão, filho de pessoas humildes,residente de republica estudantil da ufma.

        Sou direto e não preciso de palavras difíceis pra dizer que você é um FRACO que nao tem capacidade de assumir um cargo de secretario e nem de politico.Você teve sua vez e mostrou que não sabe representar a comunidade nem como secretario e e nem como cidadão pois isso que você fala na verdade nao é palavra de quem entende de situações sociais e sim palavras de quem quer impressionar os outros com textos longos e chatos pois suas palavras sao de um cara que foi abandonado pela atual gestao politica de codó.

        Você nao tem virtude,no tempo que você era secretario de educaçao você nao sabia nem como criar projeto para cidade só ficava sentado numa cadeira enquanto professores andavam atras de você a procura de emprego
        como dizia ROMARIO AO PELÉ:
        -PELÉ CALADO É UM POETA
        Essa frase serve para você.

        Você é tem DUAS caras uma hora ta de um lado e outra hora ta do outro, fica chorando por que perdeu a mamada.

        Minha mãe sempre me orientava para não cuspir no prato que comia, aprendi de verdade que ela estava correta, às vezes fazemos coisas que nos trás um prejuízo tamanho, principalmente quando nosso comportamento é cercado de subserviência, de limitações pessoais e emocionais. Nestes casos o ditado popular é ainda mais evidente, e lembrar nunca é demais. “Cuidado não cuspa no prato que comeu.” Você pode muito bem voltar a precisar dele para se alimentar.

        E ainda vem falar de teoria já que na pratica não deu certo quando tava do outro lado.

        Se nós JOVENS SOMOS ALIENADOS, você tem culpa pois você era secretario de educação a não fez nada para melhorar isso. Assuma isso. Pois a SECRETARIA DE EDUCAÇAO tem de no minimo zelar para a formação para o exercício da cidadania, fornecer meios indispensáveis para progredir no trabalho e em estudos posteriores. ASSUMA SEU ERRO CARA.

        Você antes contribuiu para nós jovens encalhar.ASSUMA. Nao é atoa que estamos indignados, pois você é um fraco ASSUMA SEU ERRO.

        Nao sou alienado, nao sou pária social, SOU JOVEM. E ME RESPEITE

    1. Companheira tudo é questão de bom senso. Temos uma responsabilidade com a consciência popular. Obrigado pelo estimulo. Divulgue o nosso pensamento.

    1. É uma honra e um privilegio, camarada, receber tal elogio!A luta só tem sentido, quando acreditamos na possibilidade e a possibilidade se traduz na forma elegante de compreender a realidade social e expressar nossas impressões nos diversos campos dos saberes consolidados ao longa da história. Obrigado, valeu, camarada!

  1. Amigo jacinto, na próxima vez, seja sucinto, vá direto ao assunto. você arrodea muito e escreve difícil, de forma que pouca gente ler o que vc posta. Vc é muito prolixo e quer dá uma de intelectual e aí fica escrevendo ao vento. é só um conselho, tá??

  2. É incrível como o Che Guevara de Shopping Center continua a querer “impressionar” com esses textículos rebuscados, acha que isso é sinal de inteligência. Só se for pra companheirada ignóbil.

  3. Jacinto a expressão “CAMARADA” é coisa de comunista rapaz. Para com isso arruma um trabalho, vai pescar, ou então aprenda mais, conversa com o Ferdinando. Vcs são dois loucos.

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