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Está em voga o conceito de Liberdade de Imprensa. Muito embora, essa polêmica se arraste pelos séculos anteriores – desde tempos imemoriais – até o presente, importa desenvolver uma discussão provida de um modelo que estabeleça o equilíbrio entre a racionalidade e a verdade. Poucos e raros são os meios de comunicação que trabalham tal conceito respeitando os limites da informação.

Professor Jacinto Junior
Professor Jacinto Junior

Mediante essa realidade fundamental desejo imprimir minha opinião sobre essa questão que está na ordem do dia:

  1. A concepção moderna de poder, mais do que dantes, ressurge com uma ossatura robusta e, tem na mídia, sua razão de ser. Não é nenhuma novidade os grupos e líderes empresariais se apropriarem desse poderoso instrumento para desenvolver uma construção “positiva de sua imagem”, seja social e politicamente. Na verdade, as elites dominantes compreenderam a importância de ter em suas mãos esse valioso “eldorado” sonoro e impresso para divulgar seus grandiosos feitos aos míseros mortais e analfabetos cidadãos. Tal concepção delineia a circunstância e o interesse do proprietário do meio de comunicação; e nesse processo midiático transparece um mecanismo contraditório e contraproducente: a essência da informação perde seu sentido e sua verdade para, se metamorfosear numa farsa e numa tragédia. A verdade da informação ganha caracteres deturpados e, assim, torna-se um fato inverídico com conotação de verdade inabalável e inquestionável (neste sentido, é bom recordar, o que dissera o mais influente assessor do Reistcher (Füher) nazista, sobre a importância da informação veiculada e sua forma).

2.   O papel da imprensa é divulgar a informação ipis literis, consoante ao fato e não construir um novo fato sobre o fato acontecido ou, ainda, engendrar conjecturas improváveis em torno do mesmo ganhando contornos imprevisíveis. O monopólio da comunicação como o Grupo Rede Globo precisa se submeter ao Marco Regulatório da Liberdade de Imprensa que está em discussão no Brasil. O caso recente da batalha judicial que durou quase uma década entre o governo argentino e o Grupo Clarín chegou ao veredicto final. A democracia precisa ser respeitada.

A legislação brasileira (Constituição Federal) define o que é concessão e o Estado concede ou não e, ao conceder estabelecer os limites. O fato de o Estado definir o percentual não implica restrição de liberdade de imprensa ou, ainda, o cerceamento da liberdade de opinião, coisas intrinsecamente antagônicas. A compreensão é de que forma e o que vai ser veiculado, pois, existe um elemento receptor de todas as informações: os cidadãos. A capacidade de influência da mídia é estrondosa e, muitas vezes, o cidadão não consegue estabelecer uma ligação daquilo que fora veiculado de forma subliminar e seus efeitos catastróficos diretos contra esse cidadão. É, na verdade, um conceito de liberdade frágil, mentiroso, demagógico e contraditório e que não se coaduna com os princípios e interesses da maioria, ao contrário.

Após essa pincelada superficial sobre o que é o papel da imprensa, quem a controla e de que forma expressa os seus interesses e quem os absorve, aleatoriamente, sem uma avaliação acurada; reporto-me, agora, ao eixo central em relação à liberdade de imprensa em nossa cidade e quem a detém e quais são os interesses em disputa e com qual finalidade a usa.

             I.        Perdão, mas a banalização da mídia envergonha até mesmo o pior aventureiro da desonestidade intelectual.

           II.        A cidade codoense possui um sofisticadíssimo sistema de comunicação (rádios, TV’s, jornal impresso e redes sociais) e, no entanto, a metodologia empregada parece ser apenas analógica e mecanicista; aliás, é de uma pobreza intelectual que cabe nos Oceanos: Ártico, Índico, Atlântico e Pacífico.

          III.        O jogo de interesse – diga-se, de passagem – entre os distintos grupos políticos local que estão subdivididos – pois, todos, sem exceção, são remanescentes de uma única tendência: Dinastia Sarney -, é a marca indissociável dos agentes burgueses para alcançar seu projeto político pessoal de dominação. Em nossa cidade ocorre um processo de informação inusitado e invertido; e, de que forma, isso se manifesta?

Simples: todo o aparato midiático codoense gira em torno de uma plataforma social: o sítio do Acélio Trindade. A mídia social em suas mãos constitui em um termômetro inigualável, em que baliza o nível da informação e o gigantesco acesso dos internautas para obter informações. Temos, aí, um espaço formidável e democrático para dialogar com a sociedade; esse espaço é tão ou mais poderoso que a própria TV; além da aceitabilidade (credibilidade) da informação. Até mesmo os outros jornalistas se apoderam de suas informações “quentinhas” e, muitas delas, carregadas de polêmicas e outras com um fino humor -,  para fazer seus programas e toda a pauta é baseada na informação do sítio. Por isso, essa inversão.

         IV.        Agora, tratando-se de mídia televisiva, há um percurso diferente: temos atualmente duas TV’s no ar. De um lado, a emissora representada pelo Grupo ou Sistema de Comunicação FCFM e FCTV, de outro, a transmissora do município. Entre ambos há uma intensa luta para quem controla a verdade. Um acusa, outro se defende. O acusado acusa o acusador e vice-versa. É uma peleja sem fim. Mas nesse processo há um interesse oculto com uma finalidade especifica para atacar firmemente seu oponente na situação enquanto governo e o outro enquanto oposição: a disputa do aparelho de estado em 2016. A pergunta é: quem será competente para, a partir da influência da mídia televisiva obter vantagens para angariar a simpatia popular e credenciar um nome capaz de ser aceito pela comunidade e agregar em torno de si uma plêiade de legendas para fortalecê-lo na disputa e, mais ainda, sair vitorioso? Vamos aguardar os desdobramentos dos eventos e suas conseqüências.

           V.        E, assim, tem-se avolumado o mecanismo midiático e sua devida importância na perspectiva política. Quando olhamos para o conceito de Liberdade de Imprensa esbarra exatamente no instante em que a idealização formatada dos programas reproduz sempre a mecânica repetitiva e, diria até mesmo, cansativa dos quadros sem conteúdos e dinamicidade. Falta-lhe agudeza das grandes temáticas que transita no seio da sociedade brasileira, principalmente, de conotação social e cultural. O que se prioriza é nada mais nada menos do que a destruição do oponente custe o que custar e sob quaisquer circunstâncias. Esse tem sido o jogral televisivo codoense. Lamentável.

O ‘chefe’ escolhe quem será o próximo a ser entrevistado, ou quando o quiser, outro que não seja da ala “A” ou “B”; essa tem sido a elucidativa cultura midiática articulada em nossa pobre cidade. Ao mesmo tempo em que se abre uma possibilidade para uma liderança social se manifestar por meio da mídia, já se estabelece um complô para subjugar tal liderança e, dessa forma, ela perca seu brilho e se torne mais um entre os cidadãos sem nenhuma expressão, pois, foi “queimado” pelo fulano e beltrano.

O verdadeiro sentido da Liberdade de Imprensa se materializará quando, efetivamente, a Imprensa “marrom” e “sensacionalista” deixar de cristalizar seus interesses próprios e imediatos e permitir a participação de todos, indistintamente, expressarem a sua contígua verdade, e não a dela (imprensa “marrom” e “sensacionallista”).

5 comentários sobre “Por Jacinto Junior – Uma impressão sobre o conceito de liberdade de imprensa”

  1. Parabéns professor!!! Você demonstra intelectualidade, com palavras técnicas que nos obrigam a mergulhar no dicionário, mas, às vezes, erra nas concordâncias nominal e verbal. Somos leitores ainda simplórios no linguajar, que usado de forma mais singela, teria melhor interpenetração da intenção de sua fala.

    1. Não queres ser meu revisor técnico, assim, serei perfeito, como desejas! Eu, hein!? – Se és tão perfeito na norma culta, por escreves a palavra HEIM?? errada? como diz outro no adágio popular compre-me um bode fedorento! Esta palavra é uma interjeição! Sua escrita correta é:hein!.(hem). Não queiras ser filólogo sem ter antes feito a análise morfológica da palavra. Desculpe-me pela correção e obrigado por sua eloquente observação normativa.

  2. “A cidade codoense possui um sofisticadíssimo sistema de comunicação (rádios, TV’s, jornal impresso e redes sociais) e, no entanto, a metodologia empregada parece ser apenas analógica e mecanicista; aliás, é de uma pobreza intelectual que cabe nos Oceanos: Ártico, Índico, Atlântico e Pacífico.” (jacinto Junior)

    A sua metodologia e sua pobreza intelectual, Jacinto Junior, quando foi secretário de educação cabia no universo inteiro.

    1. Oh, ontem eras Claúdio e, hoje, és Marcos e amanhã, serás quem?! Manifesta tua identidade verdadeira e não vos escuseis em pseudonimos! Santa ingenuidade, o teu bereau não te satisfaz? Há, já sei; todo o teu empenho tem uma definição: subserviência e bajulação a quem é da elite portentosa. És digno de pena, criança bobinha!Em Codó não sou subjugado por nenhuma força política.Isso chama-se independencia. Não me submeto aos caprichos das elites podres corruptas como vós! Aquietai vosso espírito e cessai vosso brado inutil. Não citarei vosso gênio intelectual, criança bobinha!

  3. Jacinto, tu critica as TVS e Rádios de Codó e poupa o Acélio. Agora eu te pergunto:

    -Tu já viu o Acélio postar alguma matéria sobre o Flávio Dino?
    -Tu já viu que no blog do Acélio só sai matéria favorável ao Luis Fernando do Sarney?

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