O brasileiro é um ser culturalmente carente. Poucos de nós revelam uma natureza libertária, de espírito disposto e independente. Necessitamos de uma mão paternal que possa nos deixar confortáveis dentro de uma situação inusitada.
Essa nossa submissão, afirmava o grande jornalista Paulo Francis, é fruto de uma educação doutrinária conduzida no Brasil por mais de quatro séculos: “A Contra-Reforma” da igreja católica.
A ideia de que indivíduos, por conta própria, pela experiência em comum, o que inclui conflitos e concordâncias, possam chegar a um consenso comunitário de sobrevivência, que seja ditado pelo que acontece e não sendo imposto por forças de “cima para baixo” (governos ou corporações) é um conceito contrário a essa ideologia conduzida pela Contra-Reforma.
Além de sofrermos a influência da Contra-Reforma, sofremos também os ditames do Clientelismo, filho da mesma. O Clientelismo, este sub-sistema de relações políticas, atrofia e impede o desenvolvimento social porque ele faz do cidadão um produto de submissão do patrão (Estado) caracterizado por um modelo de trocas.
Nós, codoenses, somos uma consequência dessa maçaroca de influências. Com o aumento do valor na corrida de mototaxi, a maioria dos codoenses pediu o auxilio da mão paternalista do governo municipal, o que me pareceu ridículo.
O mercado e a economia não podem sofrer intervenções governamentais. O governo sempre vai ser o instrumento menos apropriado para resolver situações econômicas e de mercado. Não é a sua omissão que pode prejudicar o sistema econômico, pelo contrário, é a sua presença que dificulta o desenvolvimento do mercado.
O governo é incompetente em tudo que ele faz: educação, saúde e no âmbito econômico ele não deixa de ser o mesmo. Uma autoridade de Estado deve entender que o fluxo da economia caminha por si só.
Apesar de seus defeitos, o sistema capitalista nos oferece o privilégio da livre escolha. Na economia de mercado existe a natureza da concorrência. Cabe a nós, cidadãos codoenses, optarmos por um serviço de nossa preferência sem o intervencionismo de um governo paternalista proferindo o que devemos ou não devemos fazer.
Não conheço nenhum caso no qual uma cooperativa de mototaxistas impôs, obrigatoriamente, seus serviços sobre um cidadão. Nenhum cidadão codoense é obrigado a pagar o preço de 4,00 reais sobre o serviço prestado de um mototaxista. Sobre isso é simples, basta ele não optar pelo serviço.
A ideia que temos de um adulto com mentalidade infantil é ridícula. Se em qualquer situação inusitada, semelhante ao caso dos mototaxistas, você pedir a intervenção do governo municipal logo mais o prefeito estará acordando do seu lado. Estará preparando o seu café da manhã. Levará seus filhos à escola. Auxiliará você na sua intimidade. Esse será o efeito de um governo paternalista.
5 Responses
Embora eu concorde com seu pensamento em relação à contra-reforma, discordo completamente do restante do texto!
Vc deveria levar em consideração que o serviço de moto-taxi em Codó deve ser encarado como um serviço essencial para a cidade. Vc acha mesmo que a maioria dos codoenses tem outras alternativas de transporte??
Vc acha mesmo que seria tão simples boicotar esse serviço? Por favor, sr. Kleber!
Certamente o Estado não deve intervir (muito) no Comércio. Pela lógica capitalista, o próprio comércio se encarrega de estabelecer seus parâmetros. Se a gente ver, por exemplo, o que ocorre no Mercado Municipal de Codó, o principal parâmetro que influencia nos preços das verduras é a própria concorrência que existe dentro do mercado entre os feirantes. Isso é o que se chama de ‘livre concorrência’. Que bom para nós, consumidores!
Mas as coisas não são bem assim quando se trata de bens ou serviços essenciais! O sr. tem carro? O que o sr. faria se todos os postos de gasolina decidissem vender gasolina a R$ 10,00 por litro? A cidade deveria boicotar os postos? Vamos todos andar de bicicleta ou a pés? E se a CEMAR decidisse cobrar R$ 10,00 por kilowatt- hora de energia? Os codoenses deveriam simplesmente boicotar a CEMAR?? Vamos todos viver à luz de velas? Nessas horas cabe ao Estado intervir!!! O Estado tem a obrigação de regulamentar estes serviços essenciais para que abusos desse tipo não aconteçam!
E se o sr. acha que isso é um “problema” somente do Brasil, uma pergunta: por que o sr. acha que os agricultores estadunidenses imploram por políticas protecionistas por parte dos EUA???
Portanto, não me parece ridículo exigir que o Estado cumpra seu papel de interventor nesse casos…
O mesmo vale para a Economia. Se o sr. acha que o Estado não deve intervir na Economia e que a Economia caminha por si só, experimente que a crise econômica da União Européia tente se resolver sozinha, sem a intervenção dos Estados Europeus, para ver o que vai acontecer…
Artigo bom para o século XIX.
O CODOENSE ACOSTUMOU A VIVER SEMPRE SOB A TUTELA PATERNALISTA DO PODER PÚBLICO.EM TUDO PEDE SOCORRO AO PODER PÚBLICO OU CRITICA O MESMO QUANDO ESTE NÃO VEM EM SEU SOCORRO.NIGUEM É OBRIGADO A ANDAR DE MOTOTAXI. PORQUE NÃO CRITICAM OS PREÇO DAS PASSAGENS AÉREAS TAMBÉM?
Meu, além das besteiras que tu escreves, ainda usa CONTRA-REFORMA e SOB-SISTEMA!!!!!!!!!!!!!.tira esse hífen daí, meu!. A nova Ortografia chegou e tu não percebeu. O Xixo tem razão: Artigo bom para o século XIX.
o cara
Meu, além das besteiras que tu escreves, ainda usa CONTRA-REFORMA e SOB-SISTEMA!!!!!!!!!!!!!.tira esse hífen daí, meu!. A nova Ortografia chegou e tu não percebeu. O Xixo tem razão: Artigo bom para o século XIX.