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Confesso, gosto de sair à noite. E, contrariando algumas pessoas, também gosto da noite codoense. Todas as vezes que estou curtindo, também sou filho de Deus, recebo várias ligações da minha mãe querendo saber como eu estou. Não tiro suas razões, afinal, mãe é mãe. Codó, embora nunca tenha sido uma “cidade de Deus”, hoje, está mais violenta que antes. Isso é fato.

Os motivos desse crescente índice de violência vão desde um grande aumento populacional, passando por um alto consumo de crack (somos frequentemente abordados por zumbis mendigando – ou roubando- nas ruas para o consumo da droga), combinados com uma genuína preguiça e a contemplação natural da total falta de caráter do ser humano.

Além do mais, o descaso das autoridades com os bairros periféricos gera ninhos de futuros infratores. Condições de desordens como essas só criam mais desordens. Requisitos assim fazem de San Pedro Sula, cidade de Honduras considerada a mais violenta do mundo, um parquinho de diversões comparada a Codó.

Há alguns dias, fomos todos surpreendidos por um latrocínio em pleno coração financeiro da cidade. O crime foi próximo de tudo: bancos, empresas, prefeitura, agência dos correios e, inusitadamente, perto de um posto da polícia militar. São situações como essa que, variavelmente, Codó me deprime.

Acontecimentos desse naipe abrem as portas para a manifestação de diversas opiniões, alertando as pessoas, a fim de evitarem novas ocasiões semelhantes. Alguns desejam que a polícia trabalhe à paisana, aconselham as pessoas a terem mais cuidado quando forem aos bancos, culpam as autoridades, outros falam da ausência das blitz em período de eleições, enfim…

Ao contrário de alguns políticos que sempre gostam de fazer da política um crime, eu não pretendo fazer desse crime uma política. Acho que a memória da vítima deve ir além de uma simples ideia de gabinete. Nos desumanizamos quando transformamos tragédias como essa em mais um motivo de politicagem. E quando se tenta achar soluções para vida? Ficamos impotentes porque a vida sempre nos pregará situações imprevisíveis. Delitos assim sempre nos assombram. Daí vem o aproveitamento de muitos “espertinhos” desejando manobrar a sociedade através de um controle cientifico da vida. Nunca acharemos respostas diante do acaso. A natureza de uma situação inesperada, retratada nesse crime, faz do acaso uma criatura sempre insondável, inadiável e inabordável. Não tenho dúvidas de que se tivermos um serviço de inteligência eficiente na polícia reduziríamos, consideravelmente, crimes desse tipo. Mas, mesmo assim, a vida sempre nos colocará surpresas.

E sobre o ser humano? Somos intrinsecamente maus. A violência que existe entre os homens fará sempre parte de sua imperfeita condição humana. Nunca concordei com a ideia do demagogo pensador francês, Jean Jacques Rousseau (1712-1778), quando ele dizia: “o homem é bom por natureza. É a sociedade que o corrompe”. Não, não posso concordar. Quando um ser humano adulto pensa como Rosseau, ele anda de quatro patas. Antes dele existia o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679). Ao contrário de Rosseau, Hobbes, como um bom britânico, afirmava que “o homem é o lobo do próprio homem”. Também dizia que “só através da sociedade é que podemos civilizar nossos instintos mais primitivos”. Ou seja, o homem é genuinamente mau, por isso existe a necessidade de contê-lo através de regras sociais. Hobbes sempre teve razão. Civilidade e barbárie são elos inquebrantáveis.

P.S. Meus sinceros sentimentos aos familiares da vítima. Que Deus afague o coração de todos vocês.

(KLEBER SANTOS)

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