O candidato a prefeito pelo PSOL, professor Antonio Celso Moreira, é, sobretudo, um homem de coragem e atitude, não se pode negar.
Se dispor a candidatar-se a prefeito de uma cidade viciada em votar em plutocratas é uma decisão daquelas que, certamente, lhe tira, no mínimo, uma noite de sono tranquilo. Eles são o poder político de nossa cidade, donos de verdadeiras fortunas construídas, muitas vezes, de forma duvidosa.
Tratam seus adversários com todas as armas que o dinheiro lhes oferece e neste mundo, acredite, não há compaixão. Há calúnias, injúrias, difamação. Peitá-los é encarar o risco de ser alvo de tudo isso, sem dó.
POBRE REJEITA SEU SEMELHANTE
Outro desafio que um homem como Antonio Celso é capaz de suportar, provou isso ao candidatar-se, é a mania dos codoenses de votar nos afortunados, naqueles que dizem que vão fazer algo quando eleitos e parecem mesmo que vão só porque são ricos, é como se nós pobres, de espírito e informação, entendêssemos que a riqueza dos eleitos poderá ser usada na administração pública (ainda que pudessem deliberadamente, eles não usariam).
Em suma, pobre não vota em pobre e isso é catastrófico.
É utópico querer que haja uma modificação de pensamento, mas parece-me mais viável acreditar naquele que sabe como, exatamente, é a dor, que naquele que nunca sentiu a mesma dor. O que fazemos é exatamente o contrário disso e, depois, ficamos a reclamar por quatro longos anos, as vezes até mais.
HOMEM DE FORÇA
Primeiro Celso desafiou os poderosos ao se lançar candidato, depois desafiou séculos de um jeito codoense de votar.
É um candidato que já é vencedor pelo simples fato de ter se disposto a encarar os maiores desafios de uma eleição – dinheiro transbordando para estourar e consciência de eleitor.