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O alerta foi feito por meio de um comentário do professor Alex Lima na postagem sobre a visita do senador Roberto Rocha e do prefeito eleito Francisco Nagib à uma área propensa a ser local do próximo MERCADO PÚBLICO DE CODÓ. Leia abaixo:

Olá, boa tarde!

Sou professor da UFMA, Campus de Codó, e desde o ano de 2014 venho me debruçando sobre os eventos de inundações urbanas ocorridas na cidade de Codó com pesquisa financiada pela FAPEMA. Pelo que ficou constatado na pesquisa, a área mencionada na reportagem encontra-se no perímetro de influência das águas, quando em inundações urbanas, considerando-se apenas o evento ocorrido em 2009. Não sou contra o empreendimento, mas a área não é apropriada. Basta lembrar de outra obra importante para os munícipes, mas que não tomou por base as inundações urbanas: a prainha. Hoje, tal empreendimento não apresenta funcionalidade. Quero lembrar a todos que as inundações, como as ocorridas em 2009, poderão ocorrer novamente e não tem havido uma observação à Lei N. 6.766/79, sobretudo no artigo 3º, a saber: Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal.
Parágrafo único – Não será permitido o parcelamento do solo:
I – em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas;

Mesmo que sejam tomadas as providências quanto ao escoamento das águas, trata-se de uma área com maior poder de acumulação, pois está no baixo curso do Riacho Água Fria, na confluência com o Rio Itapecuru. Basta procurar nos arquivos da prefeitura (registros fotográficos) sobre a inundação de 2009 que muitos entenderão bem o tamanho do problema.

Torço para que o governo municipal seja bom para o povo codoense.

Alex Lima em comentário neste blog

24 comentários sobre “Professor da UFMA faz alerta importante em relação à área escolhida para NOVO MERCADO de Codó”

  1. Primeiramente é bom lembrar que o canal da Água Fria foi construído com o propósito de evitar inundações oriundas das cheias sazonais. Desde sua inauguração até os dias de hoje não há entretanto registro de cheias que alcançasse as bordas do canal; é bom lembrar que na nossa região não temos as monções- aquelas chuvas torrenciais com índices pluviométricos acima do normal.A terraplanagem elevada na foz do riacho é justamente para conter enchentes. Ademais, o novo mercado terá em seu subsolo elevado acima da terraplanagem uma estação de tratamento dos esgotos gerados; coisa que em Codó nunca tivemos. Portanto, a estrutura física do novo mercado ficará ainda mais elevada do que a atual terraplanagem. É bom conhecer o projeto antes de falar sobre as intempéries da natureza.

    1. Caro Ivan,de fato não conheço o projeto, mas o perímetro de inundação urbana eu tenho um pouco de propriedade em tratar. Não preciso conhecer o projeto de obra, mas basta saber do comportamento físico do ambiente. Veja as fotos da inundação de 2009 e você poderá perceber o que digo. Na minha primeira exposição me referi ao potencial da área para inundar. A inundação é um fenômeno que parte das águas do rio para as margens e as áreas de confluência estão sob maior risco. As últimas inundações urbanas foram em 1974,1986 e 2009. Não há padrão de ocorrência, sobretudo climático. Outra coisa é tratar de enchentes,que são episódios rápidos e relacionados a chuvas fortes (acima de 90 mm) para a cidade. Não quero de nenhuma maneira que me interprete como um amador. Estudo sobre dinâmica fluvial desde 2006,então, são pelo menos 10 anos de estudo sobre o assunto. Meu propósito não é minar o governo ou o desenvolvimento de Codó, mas de se fazer uma discussão técnica a respeito disso. Só para ilustrar, em novembro de 2014 o riacho Água Fria sofreu com uma chuva forte que provocou o extravasamento das águas e tomou a Av Maranhão. Há registros nos blogs da cidade. Fico à disposição para tratar de mais detalhes,caso seja do seu interesse. Aproveito para desejar um excelente 2017 a todos os codoenses.

      1. Ivan e, especialmente, Prof. Alex, estas preocupações são relevantes, sobretudo o estudo do Prof. Alex.

        Mais barato e fácil para o Poder Público era edificar um novo mercado no próprio local aonde funciona o atual.

        A economia para o governo (independentemente de onde virá o dinheiro) é comprovada, pois não haverá necessidade de comprar e/ou indenizar os proprietários do terreno aonde se propõe erguer um novo mercado, que salvo engano era de uma empresa com sócios de sobrenome “Salem”.

        Estas obras são rápidas e em 90 dias alojaria os feirantes em outro local até concluir a obra.

        Ganharia o povo e economia ao cofre público ou dinheiro do BNB ou BNDES.

        Finalmente o alagamento em 2009 foi até após o terreno, chegando próximo a esquina do Sr. Pedro Celestino.

        1. Concordo, Junior.

          Aliás, uma verticalização cairia muito bem para abrigar a todos os comerciantes e demais trabalhadores do local. Dessa forma, viabilizaria um projeto de retirada de todos que estão sobre o canal do Riacho Água Fria e ganharíamos duas vias no centro da cidade. Mas é preciso que tudo esteja bem discutido e “amarrado” à legislação para que tenhamos uma cidade com menos conflitos urbanos.

          Creio que não se pode ter pressa em executar a obra sem que todos os pontos de discussão tenham sido debatidos satisfatoriamente, sobretudo com a população.

          Tenho observado a cidade desde 2010 com um olhar sobre os problemas atuais e sobre os prováveis problemas que enfrentaremos. Um deles já está mais que visível: a necessidade de reforma da ponte que liga à Trizidela e a construção de outra ponte de concreto.

    1. Não acredito que discussões como essas sejam o motivo do atraso da nossa cidade. A situação colocada pelo professor dr Alex Lima é de suma importância para que se possa pensar da melhor forma possível em como gerir propostas de melhorias para nossa cidade. Acredito que a colocação feita pelo docente, tende a ajudar a se pensar o projeto, não apenas de forma isolada mas em como ele repercute na nossa cidade à longo prazo. Acredito que foi deixado claro pela fala do docente, que não é uma imposição, mas sim, a exposição de uma realidade urbana que talvez não esteja sendo pensada pelos demais.

  2. Bastante importante a colocação do amigo professor Alex, mostrando preocupação com aplicação dos recursos públicos e mais ainda com o interesse coletivo.
    Parabéns

  3. Muito embora eu não conheça o projeto, partindo do comentário do professor, fica bem claro que o projeto não passou pela revisão de um especialista, sobretudo, da geografia de Codo. Nesse sentido, o projeto de construção do mercado periga configurar-se como um gasto desnecessário da verba pública (que já não é escassa , em tempos de Temer). Acho que devemos ficar de olho nisso para que não construamos mais uma ponte que vai dá no nada e que se tornou um gasto público imenso e desnecessário. Codo é um município que merece coisa boa e projetos que atendam à população.

  4. A NATUREZA É VARIÁVEL, INFELIZMENTE POR TER PAIXÕES POLITICAS ALI EM CIMA DO CANAL NÃO ERA PARA TER AQUELAS CONSTRUÇÕES! ERA PARA SER UM CANAL LIVRE PARA O PASSEIO DA ÁGUA, POR SER UM CANAL PEQUENO E CHEIO DE LIXO A ÁGUA VEM COM TODA FORÇA E PODE COMPLICAR MAIS E MAIS ESSA SITUAÇÃO DESCRITA PELO PROF. ALEX! JÁ FIZ UM ESTUDO ALI TAMBÉM! MAIS ESPERO QUE O PROJETO CONTEMPLE DE FATO ESSE PROBLEMA E NÃO VENHA SE TORNAR MAIS UM DESCASO PÚBLICO!

    ACÉLIO SE POSSÍVEL PEDE PARA A EQUIPE DE COMUNICAÇÃO O VIDEO DA MAQUETE DO MERCADO!

  5. É muito bom saber que o Projeto considerou as questões ambientais. E parabéns ao Professor Alex por demonstrar uma acertada preocupação com a situação, fundamentado em dados cientificos. Isso reforça a importância da pesquisa para a vida em sociedade.

  6. Acredito que para elaboração de um projeto dessa magnitude tem que ser abordado as questões levantadas pelo professor Alex, só assim uma obra dessa magnitude atenda aos seu projeto.

  7. Imóvel pertencente à uma família de uma ex-vereadora de Codó, residente próximo ao antigo cinema e com sobrenome iniciando com as iniciais “…”, com fortes laços de amizade com o Prefeito eleito….. Muda o saco, mas a farinha é da mesma qualidade….

  8. Quem é real proprietário (não o laranja) da área na qual se pretende construir o novo mercado?
    Uma das promessas de campanha de um dos novos prefeitos (o de direito) foi a melhoria do atual mercado central, ou estou enganado?
    O prefeito de direito, na realidade, pretende arrecadar muitos tributos com o novo mercado e seus trabalhadores. Por outro lado, dará isenção fiscal proporcional (tributos municipais, claro) às empresas do seu pai (o prefeito de fato).
    Codoenses, preparem-se, começou a “taca”! Que o diga os Vereadores, hein?!

    1. Glecielton, seu comentário é peculiar aos Incompetentes.
      A discussão aqui possuí caráter argumentativo e construtivo.

      OBS.: Fui e sou eleitor do Prefeito eleito, mas não posso concordar com comentários não produtivos, assim como com gastos de indenização de um terreno/imóvel que podem ser evitados, independentemente da origem dos recursos.

  9. É extremamente relevante que o poder público municipal considere os alertas feitos por profissionais como o Prof. Alex Lima, que estudam cientificamente questões problemáticas como as enchentes na zona urbana. A partir do alerta do referido docente fica ainda mais evidente a urgente necessidade de efetivação de políticas públicas direcionadas à gestão ambiental do município de Codó como um todo. A preocupação do Prof. também expressa a necessidade de se fazer gestão pública participativa, em que o povo é de fato envolvido na tomada de decisões que afetam diretamente a vida em sociedade, cuja complexidade exige providências capazes de transformar positivamente a realidade. Esperamos que o poder público municipal seja aberto ao diálogo com a coletividade, em que se inclui a UFMA, o IFMA e demais instituições de ensino superior que desenvolvem estudos e pesquisas capazes de contribuir para o bem do povo codoense. Concluo parabenizando o Prof. Alex Lima pela preocupação e pela relevância socioambiental de suas pesquisas e intervenções no município de Codó. Att., Profa. Fabiana Correia.

  10. Trabalho na UFMA com o Prof. Dr. Alex Lima, desde 2010. Durante esses anos temos desenvolvidos diversas atividades além do ensino, o que envolve a pesquisa e a extensão universitária. Desde 2014 faço parte, com Dr. Alex, do Projeto de Pesquisa que levanta, catáloga e interpetra os dados acerca das áreas de inundações em Codó. Além de ser um amplo projeto que envolve estudos de diversas áreas, os dados catalogados e interpretados são reveladores acerca das áreas sujeitas a inundações, em Codó. Considerando, portanto, o que Dr. Alex sublinhou acerca da construção do novo mercado municipal, deve-se levar em consideração que suas preocupações não são de alguém leigo a respeito do assunto ou de quem esteja querendo prejudicar a cidade e o seu desejado desenvolvimento. Com efeito, são preocupações de um profissional sério e dedicado que se preocupa com o município de Codó. Espero que suas preocupações possam ser ouvidas, analisadas e respeitadas, poi afinal, ele sabe do que está falando, tendo vista sua formação acadêmica.

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