Ainda não se sabe que fim levou a iniciativa da promotora de Justiça, Linda Luz, que pretendia retirar dos bens públicos (praças, conjuntos residenciais, escolas, creches, ginásios esportivos) o nome de pessoas vivas, sobretudo o de políticos fora ou no exercício do mandato.
A reportagem mais recente sobre o caso foi exibida pela TV Palmeira do Norte que mostrou que a promotora já havia recebido a lista que pediu ao Executivo e ao Legislativo com o nome de todos os bens que ostentam nomes de gente viva e se mexendo.
Na entrevista, Linda Luz, que revelou ter se visto obrigada a mudar as coisas a partir do nome do residencial Santa Rita, apelidado e propagado até em carros de som de residencial Zito Rolim, demostrou grande surpresa e decepção com a prática secular codoense.
“Inicialmente eu imaginava que era uma coisa bem menor, com a investigação foi que eu percebi, o tanto que, a expressão que isso existe em Codó. A grande maioria dos bens públicos, ruas, logradouros, praças uma série de bens públicos chega a ser desproporcional, digamos assim, a quantidade de bens públicos com o nome de pessoas vivas em Codó”, surpreendeu-se
O PROBLEMA
O desrespeito ao que diz a Constituição Federal é latente. É pura promoção pessoal.
“A partir do momento que se coloca o nome de uma pessoa para que ela seja promovida, para que haja uma promoção pessoal, você está desrespeitando um mandamento constitucional”, explicou na da Palmeira do Norte
E a intenção da promotora de Justiça é das melhores.
“Por conta dessa situação, que é uma situação inusitada, uma situação que salta os olhos e também uma situação que não acontece nos outros municípios com a intensidade que acontece em Codó, é que o Ministério Público resolveu atuar no sentido de coibir essa prática que eu diria que é até uma prática cultural, isso tem acontecido com uma frequência enorme e esse é um fato que aconteceu em muitas outras ocasiões anteriormente, existem ex-prefeitos, ex-vereadores, ex-primeiras-damas todos têm, a grande maioria, acredito até que todos, tenham bens públicos com seus nomes”, argumentou
E AGORA?
Pelo que foi veiculado na TV, o desfazimento dessa catástrofe cultural fora da lei passa por um projeto de lei de iniciativa do Executivo que vai determinar a retirada dos nomes e coibir a prática a partir da sua entrada em vigor.
Em síntese, é algo que deve revogar todas as leis que determinaram nomes de gente viva em bens públicos e depois tornar o ato proibido. Mas é tudo isso mesmo, numa ‘lapada’ só? Vou procurar saber.
O que já foi feito neste sentido, depois que a promotora recebeu a lista, é que ninguém sabe. Esta semana vamos tentar uma entrevista com ela para que possamos informar nossos leitores com maior segurança, inclusive sobre a forma como o Ministério Público pretende fazer com que a Constituição Federal seja respeitada neste município onde todo político faz o que quer e como acha que deve ser.