Quanto maiores os carros de som são, mais barulhentos ficam e quanto mais estreita é a rua por onde passam…
“balança tudo, estremece tudo”, completa a professora Maria das Dores Nascimento
Para a maioria é como reclamou seu o agente de saúde, Edson de Almeira Barata, mesmo – poluição sonora é ruim em qualquer lugar e em qualquer horário.
“O barulho impede desde a hora que você tá dormindo, se você sai na rua pra tratar de algum negócio em banco, você tá conversando com um amigo aqui do lado uma coisa importante você tem que paralisar sua fala pra poder falar depois que o carro passa”, reclamou o agente de combate às endemias
LIBERDADE QUE INCOMODA
Na cidade de Codó eles continuam livres de qualquer fiscalização. São os responsáveis pela condução no volante que decidem que volume usar. São tantos carros, por causa do período eleitoral, que as vezes, dependendo de onde você está, fica impossível realizar qualquer coisa, ressaltou o feirante Carlindo Machado Coelho.
“toda hora né bom não por atrapalha o negócio da gente (…) espanta cliente, mulher, menino porque não gosta de zuada”, reclamou
PEDAÇOS DE SILÊNCIO
Em meio à tantas reclamações, pequenos momentos de paz. Para registrá-los fomos ao centro da cidade após o meio dia, horário de descanso dos motoristas de carros de som, que vai até às duas horas da tarde. Encontramos uma grande diferença.
A começar por uma Afonso Pena, a rua mais usada por eles, sem nenhum carro de som circulando. O impacto do silêncio na opinião das pessoas é imediato.
“Em tudo, conversar, entrar, comprar na loja, o cara andar fica melhor, é mais tranquilo”, disse-nos o mototaxista Raimundo Nonato da silva
Mais tranquilo mesmo e por isso um horário que já está sendo muito usado pelos consumidores, o motivo foi esclarecido pelo auxiliar de serviços gerais, Francisco Alves de Oliveira
“A gente fica com a cabeça mais fria, não tem ‘baculejo’ de político na rua, tudo calmo a gente faz coisas melhores’, frisou Francisco
Pena que são apenas duas horas por dia.