
As investigações estão em andamento e a principal pergunta continua sendo – o que teria causado a morte de Félix Benedito Pereira da Silva, de 35 anos, e João Batista Pereira Carvalho, de 46, dentro de poço de 17 metros de profundidade, ontem, 24, por volta das 8h30 da manhã, no povoado Alegre, zona rural de Presidente Dutra.
Contou o delegado regional de Presidente, Paulo Franco, que preside o inquérito, que, no momento, Félix pediu ajuda e quando João desceu para socorrê-lo também morreu.
“Primeiro o Félix tava reclamando dizendo que estava perdendo o fôlego, não sabemos se em razão da profundidade do poço ou do motor que estava sendo instalado, ele disse que estava perdendo fôlego, pedindo ajuda e o segundo também pediu socorro dizendo que não tinha oxigênio, nem força, tava sem poder respirar”, disse
PERÍCIA
Os corpos foram levados para serem enterrados hoje (25) à tarde na zona rural do município de Mirador, de onde são os dois. Não passaram por exames detalhados do Instituto Médico Legal, mas segundo o delegado, um médico perito da região, que recebeu as vítimas no hospital Bené Soares, poderá ajudar a entender o que, realmente, os matou.
“Esse médico vai ser nomeado ‘perito odoc” e certamente vai dá o motivo da morte das vítimas (…) Entre 10 e 15 dias com certeza o laudo já estará em nossas mãos pra gente poder seguir com a investigação”, afirmou Paulo Franco
A FAMÍLIA

De acordo com os familiares, abrir poços de forma manual em pequenas propriedades rurais era o que faziam os dois para viver. Por isso, não se interessam pelos motivos da morte, acham que foi apenas um acidente de trabalho.
“Porque aconteceu, ele tava trabalhando e aí a gente não pode fazer nada, acidentes acontecem”, disse José Pereira da Silva, que é irmão de Félix Benedito
Luís Carlos Pereira Carvalho, irmão de João Batista, também seguiu a mesma linha de pensamento. “Sempre morreu mesmo não tem mais jeito né…SE FOI GÁS? Vamos mexer com isso não”, respondeu
O DONO DO POÇO
O dono da propriedade onde o poço estava sendo construído, o aposentado Antonio Adelmo Sabino de Sá, se disse surpreso informando que ele ia ser usado na irrigação da produção agrícola. Seu Antonio sustenta que prestou toda a assistência que pôde aos homens que contratou a R$ 100, por cada metro cavado, e às suas famílias.
“toda se precisar vamos dá mais assistência se precisar, quanto quietar tudo vamos chamar a família entregar as coisas aí, tem uma bicicleta, entregar tudo”, garantiu