Brasília – O Senado aprovou nesta terça-feira, 24, em segundo turno, proposta que altera a Constituição (PEC) e proíbe coligações partidárias nas eleições para deputados federais, estaduais e vereadores. A PEC recebeu 62 votos favoráveis, 3 contrários e 1 abstenção, e segue agora para ser analisada pela Câmara dos Deputados.
O novo modelo acaba com o chamado “efeito Tiririca”, no qual votos de um candidato ajudam a eleger outros do grupo de partidos que se uniram. Um exemplo disso ocorreu em 2010 quando o então candidato a deputado Tiririca conquistou 1,35 milhão de votos e garantiu uma cadeira na Câmara e a de mais 3,5 deputados.
Com a mudança, portanto, os partidos não precisam mais lançar nomes que funcionem apenas como “puxador de votos” e que tinham como finalidade de conquistar um número maior de cadeiras na Câmara e assembleias legislativas.
Apesar da mudança, a coligação continuará valendo para as eleições majoritárias, ou seja, os partidos poderão se unir para eleger o presidente da República, o governador do Estado e o prefeito.
FONTE – O ESTADÃO
Um comentário sobre “Senado aprova PEC que acaba com ‘efeito Tiririca””
Tudo errado nesta matéria. O fim das coligações não acaba com o efeito Tiririca.
Não é a coligação que faz com que existam puxadores de votos. Se o cara tiver 1,35 milhão de votos, vai continuar elegendo mais 3,5 deputados em SP, por exemplo. A única diferença é que será somente do partido dele, e não mais de um grupo de partidos.
O que acaba com o “puxador de votos” é o fim do Voto proporcional (coisa que não foi aprovado).
E pior, as coligações majoritárias (mantidas nesta PEC) não tem a obrigatoriedade de vinculação entre as
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal. Resumindo, ficou a mesma porcaria.