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Os candidatos a prefeito de Codó vão para seu último programa na quarta-feira, salvo engano, e até agora falaram em menino, jovens, bebês, adultos economicamente ativos, mas mantiveram um silêncio surpreendente sobre algumas ignoradas minorias que compõem nosso conglomerado étnico-social – vovós e vovôs, meus amigos da macumba e do berequête, minhas colegas da antiga nomenclatura ‘mulheres de vida fácil’ e a turma da purpurina, a galera do ‘bafon’, as bibas desta linda e colorida cidade.

Todos ignorados pelos candidatos a prefeito.

‘QUERO NEGÓCIO CUM VÉI MENINO, HUM!!”

Devem ter entendido que a turma da terceira idade se resume àqueles que frequentam o famoso PROJETO CONVIVER, como já estão cadastrados mesmo, e boa parte acima dos 70 anos, não precisa pedir voto. Ledo engano, como temos jovens velhos aptos a ir as urnas com o vigor da moçada que os esqueceu.

E NA MACUMBA?

Os umbandistas foram lembrados apenas por Djalma do Bita, candidato a vereador. Vou falar algo nunca escrito antes, mas muito verdadeiro e sem frescura. Na Codó, que lá fora é a terra da Macumba, umbanda é um negócio que a maioria evita até falar. Por que ACÉLIO? sei lá. Vai entender os candidatos. Certo é que esta gama de votos existe, não dizem por aí que temos mais de 300 terreiros de macumba? Acredite, Eles tem vergonha de pedir, de direcionar.

Um dos polêmicos motivos é achar que isso faz perder o voto dos evangélicos, sempre mais intolerantes (geralmente uma minoria atrofiada que adora culpar o velho Diabo por tudo na vida).

E AS MININA DO CABERÉ?

As meninas que ganham a vida na prostituição sofrem séculos e séculos de segregação social por serem condenadas biblicamente e o mundo cristão, amigos, também é cruel para com alguns grupos que estão na área desde muito antes de Sodoma e Gomorra. Mas em território cheio de minas terrestes, COMO é o político, quem não tem pernas de ‘pau’ fica em casa – melhor deixar as moças pra lá, elas vão votar mesmo, não precisa direcionar.

Nem um reforço em programas de combate ao HIV/AIDS. Um ”miguézin’ de que vão distribuir preservativos. Os ‘zomi’ não deram um piu pra animar as ‘minina’. Mas na hora do aperreio, hein!

E OS FRESCOS?

Minha turma preferida, pela alegria, pela força de lutar contra os otários homofóbicos, contra os idiotas que os discriminam pela opção sexual, também ficaram no escanteio do grand circo eleitoral. Oh! ciarminina!!

Os candidatos daqui nunca viram Marta Suplicy encampando uma guerra em favor da turma do arcoíris. Sentem-se envergonhados, culturalmente caboclos que são, em falar, até de políticas públicas para gays, lésbicas, transsexauais e simpatizantes.

Mas, meus velhinhos, minhas queridas e deliciosas gatinhas do cabaré, galera da cabaça e do terecô e meus frescos de plantão – PERDOAI-VOS, Nossos candidatos a prefeito não se aculturaram o suficiente para encarar esses tabús tão infantis.

PERDOAI-VOS, oh! ignorados, Eles são apenas GRANDES HOMENS com cabeças de alfinete.

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