Pela primeira vez falando à imprensa sobre a situação do pequeno lavrador diante da determinação do decreto estadual que proíbe uso de fogo até o dia 30 de novembro deste ano no Maranhão, o comandante do Corpo de Bombeiros, Wilson Belo, faz uma interpretação literal.
Para ele, dentro deste período quem quiser limpar área para plantio deve usar meios alternativos. Qualquer coisa, menos fogo.
“O decreto do governador fica bem claro que fica proibido o uso do fogo através desse período compreendido entre 27 de agosto e 30 de novembro no sentido de prevenir as altas temperaturas e proceder na segurança em relação às moradias e residências e, principalmente, na zona rural que temos que ter mais cuidado”
O mês de pico das queimadas em Codó é Outubro. Considerando que 36% da nossa população vivem em área rural e toda esta gente vive da roça o Corpo de Bombeiros já pode se preparar para muitas ocorrências a partir do mês que vem, sabendo disso o comando local já anunciou que vai intensificar a conscientização.
O comandante explicou que desde o mês de abril vem trabalhando em palestras a respeito deste tema – FAZENDA Imperial, Canto do Coxo e Bacabinha são localidades rurais já conscientizadas. Na cidade, bairro Codó Novo e Vila Biné no bairro São Francisco também já fazem parte da lista.
A intenção é, em parceria com a prefeitura de Codó, diminuir o impacto das queimadas no Meio Ambiente e diretamente à vida das pessoas que todo ano perdem casas e animais em incêndios descontrolados.
“Então nesse sentido, nós aconselhamos que nossos produtores utilizem as práticas de aceiro e utilizem práticas sustentáveis como o corte ou a poda em seus terrenos porque em vista à segurança não podem utilizar o fogo até porque as altas temperaturas e o cuidado com as propriedades, as casas ou quaisquer edificações próximas nós temos esse nível de segurança”
Um comentário sobre “Capitão do Corpo de Bombeiros fala sobre uso do fogo na queimadas das roças e pede modo alternativo”
É preciso que o Capitão saiba que está prática herdada dos índios faz muito tempo. Cada ano era escolhida uma área e depois da derrubada e encoivaramento, parte da Madeira era usada para fazer a cerca e antes de tudo isso tínhamos o fogo. Está prática foi reduzindo na medida em que as áreas com mata foram diminuindo. Tivemos uma época de agricultura mecanizada e hoje uma pequena parte assim procede . Os chamados fazendeiros usam o fogo para limpar as suas pastagens. Sai mais barato. A realidade é está e pela falta de recursos e equipamentos, O fogo ainda é a melhor solução. Dar início a uma campanha de conscientização é interessante mas tem que haver a contrapartida do setor público com técnicos e equipamentos. Bem aí a coisa pega. A Prefeitura faz o que pode mas falta ainda muita coisa. Não evoluímos nesta área. Para a maioria a solução é o fogo que traz graves consequências para a natureza e para a nossa saúde.