
A resolução do Conselho Nacional de Justiça determinando que todos os cartórios do país celebrem o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo ou convertam uniões estáveis homoafetivas em matrimônios foi, sem dúvida, uma das mais importantes mudanças de 2013 no Brasil. Mas será que o chamado “casamento gay”, agora oficialmente reconhecido, pode representar o fim da família? Ou trata-se de uma reinvenção dessa instituição?
“O casamento gay, a meu ver, não aponta para o fim da família, mas para uma mudança na forma de concebê-la, mudança intimamente marcada, entre outras coisas, pelo respeito à diversidade individual e social”, diz a doutora em psicologia.
“Reivindicar a equiparação jurídica das uniões de homossexuais com a família, quando elas não dispõem das características que vão além do afeto, tem como consequência a descaracterização dessa estrutura, ferindo seu direito de permanecer assim como se constituiu ao longo dos milênios”, afirma