A cidade de Codó continua sem um local que abasteça a demanda de estudantes que precisam de livros. A biblioteca municipal tem um acervo considerável, lembra Silas Trindade, mas está sem atualização, segundo o estudante.
“Tá atrasada tem edições já passadas que já não servem mais, não tá havendo a renovação de edição”, afirmou
Nas livrarias não existe este tipo de mercadoria disponível. São lojas de material escolar misturado com outros produtos, onde os proprietários alegam que não há procura em quantidade suficiente que garanta a revenda de livros.
“leitura é um hábito, quando você tem costume de ler um livro, tem que ter um livro, é como almoçar, jantar ou tomar café, mas a demanda é muito pequena ainda”, explicou a empresária Lúcia Mota que tem projeto para colocar venda, permanente, de livros na cidade
LIVROS USADOS
Por causa da necessidade, os vendedores de livros usados continuam fazendo o maior sucesso quando chegam à cidade. Distantes dos grandes centros, os estudantes procuram um pouco de tudo, sobretudo, nas áreas de cursos superiores mais frequentados pelos codoenses.
E vendedores, como Jailson Queiroz, que vem de Teresina expor sua mercadoria em praça pública no centro de Codó, já se preparam.
“Hoje existe uma procura muito boa na parte de enfermagem, na parte do Direito e na parte da Administração (…) inclusive são pessoas que estão mesmo na faculdade, fazendo já o ensino superior”, disse Jailson
Nem sempre é possível achar o livro do ano, neste caso leva-se o mais recente, justificou Silas ao blog
“São recheados de conhecimento (…) os dados nunca se perdem, todo tempo vão surgindo novas edições com mais informações, mais pesquisas, é um conhecimento a mais”, afirmou
COMEMORANDO E RECLAMANDO
Nesta realidade, os vendedores de fora comemoram.
“Hoje as pessoas estão dando uma certa importância à leitura, então a gente tem um certo sucesso, sempre quando vem a Codó tem um certo sucesso de venda”, comemora Jailson Queiroz
E os estudantes da cidade seguem se reclamando na certeza de que alguém precisa investir nos livros.
“Codó tem esta necessidade, porque o ritmo da cidade vai crescendo e o número de jovens terminando o ensino médio também vai aumentando, é essencial que haja livrarias que vendam livros do fundamental médio e superior”, reclamou o jovem estudante de Engenharia Ambiental Luciano Cavalcante