A Agência da Previdência Social de Codó recebe pessoas de várias cidades, além da própria demanda local. Todos precisam enfrentar um problema que parece não ter fim – a falta de médico perito para realizar exames obrigatórios antes da concessão de alguns benefícios previdenciários.
Foi 2014 o último ano em que pessoas puderam contar com a presença de médico perito na agência do INSS aqui de Codó. Logo no começo daquele ano o médico foi dispensado e nunca mais foi substituído. 2019 está começando com o mesmo problema.
Para quem vem de Lima Campos como seu Gerardo Ferreira da Silva Codó ficaria mais perto do que Caxias, Timon ou de São Luís para onde as pessoas continuam sendo enviadas para perícia.
“Ta faltando, tá faltando médico o pessoal tá precisando (…) Tá mais perto de que São Luís…MAS NÃO TEM DESDE 2014? É, vamos ver, vamos torcer pra ver se chega, né, pelo menos este ano”, disse o aposentado
Uma outra dificuldade é a espera para ser atendido nestas cidades. Este protocolo de requerimento feito recentemente por um codoense mostra agendamento para 11 de junho numa agência de São Luís.
Dificuldade que seu Francisco Almeida viveu da pior maneira possível quando fraturou uma perna no trabalho e precisou do INSS.
“Primeiro fui pra Caxias, depois eu fui pra Timon, aí depois eu fui pra São Luís, aí fui pra São José de Ribamar (…) e gasta dinheiro sem ter, tem que tomar emprestado e pagar…PORQUE AS VIAGENS SÃO LONGAS, TEM ALIMENTAÇÃO? E não viaja sem acompanhante, principalmente quanto eu tava com a perna quebrada”
A gerência local não quis gravar entrevista a respeito da falta de médico perito alegando que não tem autorização para falar do assunto, mas deixou claro que não há previsão porque isso demandaria até a realização de concurso público.
Pelo visto 2019 será mais um ano de sofrimento para quem vive nesta região e precisa do INSS.
“é sugar mais a pessoa que já tá quase morto, doente, acho que não é certo isso, deveria ser aqui mesmo em Codó, nossa região…JÁ ERA PRA TER RESOLVIDO? Já era pra tá resolvido como ainda não foi possível, estamos todo tempo esperando e tem que ser resolvido”, frisou Antonio Gomes Correia, aposentado