De acordo com o médico, Hozano Ferreira, que trabalha em São Luís e pertence à equipe de coordenação do combate a esta doença no Estado, o Maranhão registra, em média, 3 mil novos casos de Hanseníase por ano.
Codó está entre 15 municípios com maior incidência da doença, como nos confirmou a coordenadora local enfermeira Delcina Filgueira. De janeiro a outubro de 2019 apareceram 108 novos casos, mais 167 já faziam parte do cadastro de acompanhamento e tratamento.
“Até outubro nós estávamos com 108 casos de Hanseníase, só no município de Codó (..)novos casos porque todo ano se começa do número um, certo?, então nós temos 167 casos em registro ativo, ou seja, pacientes de Hanseníase no município, em tratamento, e temos 108 que começaram o tratamento este ano”, explicou Filgueira.
Seu José Moraes Rocha está entre os 167 em tratamento, já se sentindo curado foi ontem, 2, ao posto de saúde do bairro São Pedro (ao lado do presídio regional) fazer uma análise final.
“É O ÚLTIMO check up que dão dando pra saber se, realmente, eu to curado”, explicou-nos
No local, uma equipe de profissionais de Codó e São Luís, que veio em reforço, fazia uma espécie de mutirão analisando se familiares de quem tem a doença também a desenvolveram ou estão em período inicial.
Ontem e hoje (3), portanto por dois dias, esta equipe está em busca de novos casos dentro de famílias. O médico Hozano Ferreira, que viaja o Estado realizando a chamada busca de contatos explicou porquê examinar toda a família é importante, principalmente no Maranhão.
“Todos têm que ser examinados porque o doente foi registrado, mas quem contaminou esse doente? O Maranhão também ele tem algumas coisas, assim, preocupantes, é o Estado que tem a maior incidência em menores de 15 anos, ou seja, se a doença ela contaminando crianças menores de 15 anos tá mostrando que o foco tá intradomiciliar e a infectividade tá tamanda que não ela não tá respeitando aquela faixa mínima que seria de 7, 8 anos que seria o tempo em que teria mais contato”
Seu Doracir de Sousa compareceu logo no primeiro dia, ele está em tratamento e não quer que os familiares passem pelo mesmo enfrentamento.
“Hoje eu vim trazer a família, pra evitar passar pra outro e saber mesmo da família como é que está correndo, né (…) trouxe minha esposa, uma filha e dois netinhos que veio comigo no momento…TODO MUNDO PASSANDO PELA AVALIAÇÃO… todo mundo passaram”, disse o lavrador
PRÓXIMAS CIDADES
A mesma equipe que reforçou o trabalho em Codó segunda e nesta terça-feira irá ainda este mês à Bacabal, na região do Médio Mearim, depois voltará para a região dos Cocais visitando Coroatá.