Os dados foram revelados pelo diretor do HGM, Raimundo Lisboa, em, entrevista ao programa Cidade em Alerta, apresentado por Valdecir Povão, da rádio Eldorado AM, na semana passada.

Lisboa afirmou que a prioridade das cirurgias agora é para codoenses, antes gente de várias cidades procuram o Hospital Geral Municipal em busca deste tipo de atendimento.

‘Muita cirurgia de fora, vinha de Presidente Dutra, vinha de Dom Pedro, Capinzal do Norte, Peritoró, Coroatá, então a região toda nos procurava aqui e conversei com Dr. Cláudio e ele disse – Lisboa, porque isso aí é só cirurgia, esses atendimentos pra gente de fora é só cirurgia, Doutor vamos fazer o seguinte – estamos tirando a oportunidade do povo de Codó e passando para o povo de fora – então Lisboa bote o que você acha melhor para o hospital. Então eu tenho que fazer uma barreira pra impedir o número de gente de fora”, disse completando.

“Então isso que eu to fazendo agora no HGM, pra entrar tem que ter muito cuidado, tem que pedir autorização para poder se internar (…) o que acontecia? Acontecia que de 15 cirurgias realizada pelo nosso cirurgião, oito a nove eram de fora, o restante de Codó, então hoje a maioria, 90% ou 99% das cirurgias do cirurgião-pediatra é do povo de Codó, população é bem assistida por isso”

ACIDENTE

Se for caso de acidente, a exceção é aberta.

“Paciente que sofreu acidente na BR (rodovia federal) ou na MA (estrada estadual), então, se trouxerem pra Codó é atendido, vem pra cá a gente recebe sem nenhum problema, faz todo o procedimento”

“Com isso há um crescimento na saúde e há uma qualidade melhor hoje na saúde”, concluiu

OBSERVAÇÃO 24H/PRONTO SOCORRO

Vários números de atendimento foram revelados na entrevista, com destaque para o Pronto Socorro.

No primeiro semestre de 2012, o Pronto Socorro do Hospital Geral Municipal registrou 1.444 internações para observação de pacientes nos dois leitos para crianças e nos seis que são disponibilizados para adultos. Trata-se de observações recomendadas pelos médicos num prazo de 24h.

“Todo dia tem gente na observação”, afirmou Lisboa

No caso dos atendimentos médicos de urgência com observação por até 8 horas, o número é maior, atingindo, nos seis primeiros meses deste ano, a marca de 1.842 internações provisórias no Pronto Socorro.

EMERGÊNCIA COM REMOÇÃO

Casos mais urgentes são enviados para três cidades referências em saúde – Caxias, Presidente Dutra e São Luís. De janeiro à junho, segundo relatório do hospital, 127 pacientes de Codó foram transferidos para estas cidades.

“Essas remoções são acidentes que a gente manda para Presidente Dutra, Caxias ou São Luís que são nossas referências. O acidente acontece, as vezes o paciente tá grave, precisa de um neurologista, imediatamente, e já é enviado pra lá”, explicou Lisboa ao radialista Valdecir Povão

ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E CLÍNICA BÁSICA

De janeiro à junho o HGM registrou 5.097 consultas de atendimento de urgência e clínica básica. “Essas consultas entram o ambulatório, que nós temos várias consultas lá com especialistas”, completou Raimundo Lisboa

MORTES

Também foi revelado o número de vidas perdidas no atendimento. Segundo o relatório do primeiro semestre, 12 pessoas morreram no HGM. O diretor destacou que o número de crianças que morreram é pequeno dado à preocupação que há com a clínica pediátrica.

“As vezes eu chamo os colegas e digo –nós estamos aqui para evitar a morte, mas só Deus evita. Nós temos uma preocupação muito grande com a clínica pediátrica, Valdecir se eu te contar que nós não temos óbito de crianças, o cuidado é tão grande que a gente não perde quase criança (…) é muito pouco, não aconteceu ainda este ano, aconteceu um, mas que já veio da zona rural quase sem jeito e aconteceu outro também da Vila Camilo, mas quando chegou no HGM já chegou morto, morreu quase dentro do SAMU mesmo”, disse na rádio Eldorado