Andar na rua Santa Luzia, bairro Codó Novo, é ter que enfrentar a erosão causada pela água das chuvas que seu Martins Lima ver descer morro abaixo desde 2002 quando mudou-se para a cidade.
“aí não pode nem ajeitar a propriedade da gente porque nem rua num tem (…) Aqui eu mudei a rua daqui pra rua do Boqueirão, rapaz…POR QUÊ? Porque no inverno aqui é uma grota d’água bonita”, disse ironizando a situação. VÍDEO FEITO PELO BLOG
E os problemas vão além da descida perigosa, dos buracos e do mato.
Por causa da falta de infraestrutura sanitária cada família da rua Santa Luzia se vira a seu modo. São comuns banheiros de palha e fossas sépticas onde todos fazem suas necessidades fisiológicas.
É assim no quintal da residência de dona Maria Dalva Vieira de Sousa, visitado pela TV Mirante na semana passada, que ainda não perdeu a esperança de melhores condições de moradia.
“eu queria que melhorasse mais porque assim é complicado demais…TIVESSE ESGOTO? É, mais ou menos”, respondeu
SEM SAMU e SEM COLETA DE LIXO
Os moradores estão privados até mesmo de acesso à socorro médico com a urgência necessária para alguns casos. Como a ambulância do SAMU não consegue subir dona Raimunda Fernandes Araújo revelou que os doentes precisam ser levados no braço.
“Não sobe não…E COMO É QUE FAZ? A gente leva lá pra baixo o doente…OU SEJA, A AMBULÂNCIA ESTACIONA LÁ EMBAIXO…fica estacionada lá embaixo a gente leva, vai com ele aqui nos braços”, garantiu a aposentada
Coleta de lixo domiciliar é outro problema grave. Tem caçamba passando nas proximidades, mas na Santa Luzia é impossível, por isso o fogo é usado para diminuir o acúmulo.
“aqui já viu que tem muito buraco, pra subir carro não tem como, ele só vem até aqui embaixo e pronto e a gente é que tem que se virar com o lixo, queimar…QUE FAZ COM O LIXO? Queimar (…) porque não tem condição, a gente não vai ficar com lixo dentro de casa né”, criticou a jovem dona de casa Nágila Viana