Da igreja de São Sebastião para a maternidade Mamãe Neyde é só atravessar a avenida Augusto Teixeira. Dois grandes motivos para que os motoristas de carros de som desliguem o volume. Mas o padre, Jorge Willame, confirma, isso não ocorre principalmente quando é dia de carreata política na cidade.

Ele já teve que parar a celebração da missa diversas vezes.

“Já teve um momento em que eu tive que parar a missa, dá um tempo enquanto eles passam porque falta respeito pela constituição e, de fato, pelo cidadão (…) eu gostaria de pedir as autoridades que tomassem providências para pelo menos, fazer a campanha mas saber o horário que deve fazer a campanha”, pediu o padre

É GERAL

Não são apenas os religiosos que estão reclamando. Tem gente do setor de saúde, órgãos do poder público e, principalmente, de escolas. O problema é um só – a lei manda zerar o volume a 200 metros destes locais, mas ninguém obedece. No máximo, baixam na porta e passou da porta já detonam novamente.

A estudante, Emanuele da Costa, do Mata Roma, disse que todos sofrem quando estão em sala de aula e acabam prejudicados.

“A gente tenta se concentrar e não pode porque os carros de som passam e bagunça tudo”, reclamou

MP COMBATE

A promotora de Justiça Eleitoral, Linda Luz, informou que o Ministério Público já iniciou um trabalho de combate à poluição sonora nas ruas. Três carros já foram apreendidos.

“Recolhido a documentação e a chave e só é devolvido depois de 24h, nós fizemos o alto de apreensão para registrar, formalizar e havendo reincidência a penalidade vai ser dobrada, a gente vai deixar 48h sem acesso ao carro de som”, informou

A fiscalização será realizada até o dia seis de outubro.

“Sem horário pré-determinado, de surpresa, horários diferenciados para a gente constatar o desrespeito e punir quem está desrespeitando, as leis existem para ser respeitadas”, concluiu