O livro O IMAGINÁRIO CODOENSE, do célebre escritor codoense, João Batista Machado, é uma leitura sempre pronta para surpreender e encantar.
Ontem (14) voltando às suas páginas, interessei-me pela historia do FORRÓ DA OTÍLIA, o mais famoso destas terras na década de 1930 (imagino que seu auge) e anos seguintes. Pelo que conta o escritor a proprietária chamava-se Otília Maria da Conceição , natural de Barra do Maratoan, Estado do Piauí.
Chegou à Codó ainda menina para morar na localidade Quebra-anzol, zona rural, e, crescendo, vendia bolos de milho, tapioca e macaxeira na cidade. Na zona urbana teve a ideia de montar um negócio, eis que nasce anos depois o Forró da Otília.
“Codó, desprovido de boates e de casas noturnas, sugeria aos coronéis a procurarem repousou no Forró da Otília para discutirem os grandes problemas nacionais, acompanhados, é claro, de belas mulheres, lubrificadas por vinhos e de outras bebidas alcoólicas. Os jovens entravam de mansinho, timidamente desconfiados, receosos de encontrarem os seus pais. Otília, cheia de manhas, astuciosa, conhecedora do estado psico dos imberbes, recebia-os com ternura e os iniciava nas fantasias da adolescência. Apresentava-os às meninas para diverti-los. Estavam em boa companhia”, descreve João Batista Machado
PUNIDOS PELO PREFEITO
Em 1936 houve um fato que entrou para a história porque o prefeito da época, Elias Araujo, teria baixado uma portaria, de número 052, de 05 de novembro daquele ano, punindo com demissão e suspensão os guardas municipais Valdivino Alves e Francisco Lopes Pereira por baderna dentro do Forró mais famoso do momento. Eles, embriagados, atiraram dentro do local de amor e festa. Os fatos foram apurados por sindicância e comprovados.
“Resolve a bem da disciplina demitir o guarda municipal Valdivino Alves e suspender por oito dias, a partir da data desta portaria, o guarda municipal Francisco Lopes Pereira. Cumpra-se e dê-se sciência aos interessados”, dizia a portaria de 1936
Otília, uma senhora negra de um metro e oitenta, era casada com seu ZÉ (José de Sousa Lima) que dava segurança ao lugar.
Esta histórica empreendedora, que buscava belas mulheres em Pernambuco e no Ceará, morreu aos 84 anos de idade, no ano de 1984, já sem seu empreendimento e sob os cuidados de uma amiga, a senhora Maria da Conceição Moraes, dona Coquinha.
Otília é gente que fez a nossa história.
5 Responses
bom dia, acelio onde podemos encontra esse livro para compra?
MEU PAI CONTA QUE O POINT DA CIDADE NO FINAL DE SEMANA ERA NO FORRO DA DA TITIA OTILIA.
Lembrada Até Na Musica por Nosso Conterrâneo o Cantor e Compositor José Gerude Neto, Carinhosamente Chamado de (Gerudinho ou Gerudão)na Nossa Intimidade Codoense, Musica FORRÓ de OTILIA.
Esqueceu de citar o Sr. Fêix, ele é que as segundas feira organizava o forró da tia Otilia, com aquele grito que chamava os dançarino pra festa, eu era pequeno mais nunca me esqueci. ele soltava vários foguetes e gritava assim ” chega suas meninas que o forró vai começar”.
Sou natural da cidade de Codo hj tenho 48 anos moro em Carapicuiba SP na mnha juventude frequetei inumera vezes o forro da Otilia sempre na segunda-feira kkkkkk v varias vezes o conjuto musical Nonato som 5 tocar por la muitolegal e sim faz parte dahistoria de Codo-ma