Permita-me caros colegas de profissão nesse Dia dedicado a todos nós que fazemos a educação dedicar-lhes algumas palavras de encorajamento, afeição, solidariedade e, principalmente, de estimulo.

A nossa história é permeada pela esperança e pela ousadia. Nela, encontramos vários obstáculos e barreiras, e, de forma espetacular os superamos e os vencemos com bravura e dignidade; pois, antes de tudo, somos compromissados com a nossa profissão. Além disso, coube-nos a tarefa primorosa de alfabetizar os educandos; estes que, por vezes, chegam-nos com seus olhares distantes e enfadonhos, tristes e melancólicos; entediados pela situação de miséria que habita sua vida e de sua família e, assim, temos essa grande responsabilidade de transformá-los em homens do amanhã com sentimento da verdade, do prazer e do amor. Portanto, o educador que, a principio pressupor, minimamente, que o ato de ensinar é dissociado do ato de amar não é verdadeiramente um educador.

A nossa historiografia educacional brasileira está contaminada de exemplos reveladores dessa teoria-prática. Temos o nosso maior ícone Paulo Freire que retrata de maneira absurdamente clara esse posicionamento tangente; o ilustre Anísio Teixeira, que sonhou com uma educação integral e, somente agora estamos vendo seu sonho sendo realizado através do Mais Educação; Darcy Ribeiro, o mestre da Antropologia brasileira e fundador da UnB, bem o principal articulador dos Cieps no Rio de Janeiro, com Leonel Brizola. Enfim, Dermerval Saviane, o criador da teoria educacional chamada pedagogia histórico-crítica.

Diante desse cabedal de homens que ousaram e pensaram a educação brasileira, posso com contumaz firmeza dizer: em cada educador codoense existe uma semente a ser germinada no momento de sua realização alfabetizadora cujo resultado denuncia tal compromisso num curto espaço de tempo. O seu fruto será produtivo amanhã e lhe dará muito orgulho!

A trajetória de cada educador é palmilhada e sustentada pelo sonho de transformar o educando de pedra bruta para uma perola dilapidada e valorosa. Pois, palpita no coração de cada educador a paixão e o espírito fraterno do amor, da dedicação, do entusiasmo, do estímulo e do compromisso.

Somos únicos. Somente quem não conhece e não sabe o valor supremo da educação é que não lhe dar o merecido valor.