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Raimundo Cutrim (foto - Agência Câmara
Raimundo Cutrim (foto – Agência Câmara

Agência Assembleia

O deputado Raimundo Cutrim ocupou a tribuna, na manhã desta terça-feira (3), para anunciar que não pertence mais à base de sustentação do Governo do Estado na Assembleia Legislativa. Com um discurso no Grande Expediente, que ganhou apartes de diversos parlamentares, Cutrim informou que ingressará na bancada da oposição e irá se filiar ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

“Não tomei uma decisão impensada; conversei com todas as minhas lideranças sobre esta minha decisão”, declarou Raimundo Cutrim. Ele informou que, no próximo 14 de setembro, com uma cerimônia em São Luís, irá formalizar sua filiação ao PCdoB. “Irei para o Partido Comunista do Brasil, e vamos trabalhar intensamente para que a gente possa chegar vitorioso nas próximas eleições de 2014”, acrescentou.

Ao iniciar seu pronunciamento, o deputado Raimundo Cutrim fez um relato da trajetória de sua vida pessoal, para explicar as razões pelas quais resolveu se desligar da base parlamentar do governo.

“Lutei para que o meu pai, ainda em vida, se orgulhasse do sacrifício que enfrentou para criar e formar seus treze filhos. Exerci muitas funções importantes na Polícia Federal do nosso país. Foi através do meu desempenho, profissionalismo, transparência e responsabilidade que contribuíram para que eu fosse convidado pela governadora Roseana Sarney para exercer, em momento de crise, o cargo de secretário de Segurança Pública do Estado do Maranhão, isto no dia 3 de julho de 1997”.

Cutrim lembrou que, à frente do Sistema de Segurança Pública e com o apoio irrestrito de todo o sistema e dos Poderes Constituídos do Estado, conseguiu travar o combate contra o crime organizado em todas as suas modalidades.

Depois de acentuar que exerceu da forma mais dedicada possível o cargo de secretário de Segurança Pública, Raimundo Cutrim teceu críticas à atuação do secretário da pasta, Aluísio Mendes:

“As estatísticas de homicídios, de roubos, sequestros relâmpagos, arrombamentos através de explosivos de caixa eletrônicos, de furtos e roubos de veículos, centenas de assaltos a ônibus, de invasão de domicílios, de tráfico de drogas desenfreado e da volta do crime organizado no nosso estado nos deixam perplexos diante da falta de competência do atual secretário de Segurança Pública do nosso Estado. As minhas críticas feitas nesta tribuna não alcançaram objetivo que busquei, ao contrário, despertei uma animosidade competitiva desenfreada e criminosa que buscou atingir a minha história de vida”.

O deputado recordou que, ao longo dos últimos meses, teve de enfrentar acusações levianas de assassinato, de grilagem e de agiotagem. E lembrou que, reagindo às denúncias, chegou a formular o pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a prática de agiotagem no Estado. Lembrou ainda que fez uma representação à procuradora-geral de Justiça para que o secretário de Segurança Pública e mais três delegados esclarecessem a tentativa de incriminá-lo no inquérito que apurou o assassinato do jornalista Décio Sá.

“O que eu pude fazer eu fiz. Esperei que o grupo político, a quem sempre fui leal, se manifestasse em minha defesa, mas não vi esse gesto. Ao contrário, o Sistema Mirante de Comunicação, sem a investigação jornalística necessária, precipitadamente divulgou as acusações contra mim. O Sistema Mirante não olhou a minha honra, a minha moral, para a minha história, não se preocupou em medir as consequências que poderiam atingir a minha vida pública, apesar de que apenas quatro deputados da base aliada assinaram o Requerimento da Comissão Parlamentar de Inquérito de Agiotagem. E quem assinou foi a oposição”, frisou Raimundo Cutrim.

Ele foi enfático ao assinalar que decidiu se desligar da base do governo depois de conversar com sua família, com seus amigos e com as lideranças que o vem acompanhando ao longo de sua vida pública.  “O povo é sábio, o povo não admite injustiças. E por unanimidade me aconselharam a percorrer a estrada que se abre de mudanças no país inteiro e principalmente no Maranhão. Não olharei para trás, vou procurar as lideranças que estão se colocando à disposição do povo para concretizar o sentimento de esperança, de mudanças, do progresso que todos nós já estamos cansados de esperar”, ressaltou o deputado Raimundo Cutrim.

APARTES

Os deputados Marcelo Tavares (PSB), Rubens Júnior (PCdoB), Othelino Neto (PPS), Bira do Pindaré (PT), Cesar Pires (DEM), Graça Paz (PDT), Carlinhos Amorim (PDT), Max Barros (PMDB) e Neto Evangelista (PSDB) fizeram apartes ao discurso do deputado Raimundo Cutrim.

 O líder da Oposição, Rubens Júnior, destacou que poucos homens no Maranhão tem a coragem e a integridade do deputado Raimundo Cutrim.  “Poucos homens têm tanto serviços prestados e tantos amigos no Estado quanto V. Ex.ª. E eu tenho a grata alegria de dizer que o nome de V. Ex.ª se somando a Oposição é o primeiro passo efetivo da mudança que se dará a partir de 2014. Seja bem-vindo”, enfatizou Rubens Júnior.

Os deputados Marcelo Tavares, Othelino Neto, Bira do Pindaré, Graça Paz (PDT), Carlinhos Amorim (PDT) e Neto Evangelista proferiram discursos no mesmo tom. O deputado Marcelo Tavares observou que Raimundo Cutrim tomou uma decisão histórica: “Histórica e esta sessão é histórica porque começa a marcar o fim de uma era que muito pouco deixou para o povo do Maranhão”, salientou.

O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado César Pires, agradeceu a lealdade e o empenho do deputado Raimundo Cutrim durante o período em que esteve na base parlamentar governista.”Eu quero agradecer sua compreensão, sua mão amiga, agradecer sua mão sempre estendida para os propósitos que eu pedia para que V. Ex.ª fizesse, apesar de sua independência, V. Ex.ª sempre foi muito correto comigo. E quero desejar a V. Ex.ª um caminho brilhante como sempre foi seu caminho, desejar sucesso no novo Partido que V. Ex.ª vai ingressar”, afirmou César Pires.

O deputado Max Barros lamentou a saída de Raimundo Cutrim da base parlamentar do governo: “Vossa Excelência sempre foi um político e um companheiro leal. Um homem que tem relevantes serviços prestados a todo o Maranhão e à Assembleia, e que ninguém pode negar seu currículo, a sua atuação. Mas a política tem as suas circunstancias”, declarou Max Barros.

Ao final do discurso proferido pelo deputado Raimundo Cutrim, o presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo (PMDB), fez breve consideração, com estas palavras:

“Senhor deputado Raimundo Cutrim, independentemente de partido, diálogo de grupo político, tenha certeza de que julgamos V. Exa um patrimônio do Maranhão como cidadão e como político. Em qualquer lado onde V. Exa se encontrar, sempre será reconhecido como grande cidadão”, ressaltou Arnaldo Melo. 

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