A Vigilância Sanitária de Timbiras mostrou à equipe da TV Mirante fotografias do que encontrou de forma irregular no mercado de venda de carnes da cidade.

A pedido do Ministério Público Estadual, foram fiscalizadas a forma de exposição e a de armazenamento segundo o médico veterinário que acompanhou a equipe, Dr. Francisco Soares.

“Carne com coloração diferente, com moscas em cima, com odor alterado (…) tavam misturando carne suínas, bovinas, frangos isso é uma contaminação muito grande, essas carnes estavam armazenadas soltas, com sangue dentro dos freezers”

O que estava fora do padrão mínimo foi apreendido. Depois deste trabalho nós visitamos o mercado. Notamos  que os consumidores gostaram do trabalho da vigilância.

 “Por minha opinião eu achei que foi correto a saúde chegar…TINHA QUE TER FISCALIZAÇÃO? Tinha que ter fiscalização”, disse-nos o zelador Carlos da Cruz Azevedo que revelou também que trabalha limpando o imundo banheiro da rodoviária local, mas por falta de pagamento da prefeitura abandonou o trabalho.

Mas, apesar dos elogios à iniciativa de fiscalização,  as práticas pouco mudaram. Registramos peixe em cima do isopor, carne de frango com sangue no balcão, tudo vendido de forma não recomendada. Pior é que a consciência dos vendedores também não mudou.

“Aqui não vai ter doença nenhuma o que tem que limpar é esse esgoto aí, tá tudo sujo aí, por causa disso que nós tamo pegando essa pressão”, reclamou o feirante Osvaldo Costa

Quem adquire estes produtos no cotidiano continua considerando irrelevante a condição higiênica deles. A resposta à nossa pergunta feita à lavradora Maria Gomes Muniz, mostra isso.

 “A SENHORA SE IMPORTA SE TÁ SENDO VENDIDO EM CIMA DE CAIXA, MESA? Não, tanto limpinho eu não me importo não, mas se não tiver limpinho eu me importo”, respondeu com uma sacola de frango na mão

FISCALIZAÇÃO CONTINUA

O coordenador da Vigilância Sanitária em Timbiras, Paulo Sérgio Freire,  sabe do problema que considera ‘cultural’, por isso prometeu continuar fazendo fiscalizações e um trabalho de conscientização mais frequente.

“Colocar produto de qualquer maneira acondicionado, ali, e achar que não tem problema nenhum, então a gente vai trabalhar com a continuidade pra que esse tipo de cultura mude (…) nós vamos continuar com o trabalho até por que precisamos”, disse o coordenador

ABATE CLANDESTINO

A Vigilância também vai combater o abate, sobretudo de suínos,  em locais clandestinos. Para isso, destacou o veterinário, já está contando com as denúncias vindas da vizinhança incomodada.

 “Nosso principal parceiro é a sociedade. Nenhum olho é tão eficaz, quanto a sociedade, é aquele vizinho que tá sendo prejudicado, é aquele comércio que tá sendo prejudicado”, finalizou Francisco Soares