O repórter Sílvio Ramon entrevistou na manhã de hoje (11) na FCFM o administrador do Mercado Central de Timbiras, identificado apenas como Zé Augusto.
Ambos apresentaram aos ouvintes do jornalista Alberto Barros um problema causado pela CEMAR que teria cortado, sem avisar, a energia elétrica do mercado.
“O pessoal que sobrevive aqui dentro do Mercado, freezer, geladeira tudo ligado com suas coisas dentro houve uma grande perda, os magarefes se encontram aqui no escuro com a carne em cima das pedras, as máquinas desligadas porque não tem como fazer nada sem energia, fica difícil a situação”, denunciou o adminsitrador.
A DÍVIDA
A Prefeitura de Timbiras, quando Fabrízio do Foto assumiu em 2013, devia algo em torno de R$ 750.000,00 para a Companhia Energética do Maranhão, débito que foi negociado para evitar cortes.
“Quando nós pegamos a administração do Mercado Central, a Prefeitura assumiu, o prefeito assumiu havia um débito que já se arrastava pela administração passada, segundo ele [prefeito] me informou que era R$ 750.000,00 e houve um parcelamento entre ele e a Companhia, a Cemar, praque não houvesse desligamento, então foi feito este parcelamento pra ser pago todo mês”, explicou Zé Augusto
Ocorre que o corte foi feito, pior é que nem mesmo a Cemar, segundo o administrador, sabe da existência do ato pois em seus registros não constam sequer notificação de desligamento na área.
“Liguei na Cemar, constatei agora pela manhã com o senhor Fábio, eu falei com duas pessoas e protocolei o número do documento que eles me passaram, segundo eles não há nenhum débito, segundo eles lá pela Companhia não se encontra desligamento na unidade consumidora, aí ficou estranho porque eles constam que não há desligamento e tá desligado”, contou
Por conta disso, Zé Augusto disse que pretende, por meio da assessoria jurídica do município, acionar a Cemar na Justiça para que os prejuízos dos feirantes sejam indenizados.
Uma Resposta
Justiça cassa prefeito de São Julião, José Neci
Prefeito foi denunciado pelo ex-vereador Emídio Reis, que foi assassinado em janeiro de 2013.
11/07/2014 18:17
O juiz da 40ª Zona Eleitoral, João Manoel de Moura Ayres, decidiu, nesta sexta-feira (11), cassar o mandato do prefeito de São Julião, José Francisco de Sousa, o José Neci (PT), e também do vice-prefeito da cidade, José Francimar Pereira. Os dois são acusados de compra de votos nas eleições de 2012, quando foram candidatos a reeleição.
De acordo com a denúncia, realizada pelo ex-vereador Emídio Reis (PMDB), que foi assassinado em janeiro do ano passado, José Neci e José Francimar Pereira teriam, no ano da eleição, contratado 120 servidores para a prefeitura sem processo seletivo. Esses servidores teriam sido pressionados a votar pela reeleição de José Neci sob pena de perda dos empregos.
Emídio Reis, que disputou a eleição de 2012 com José Neci, também denunciou que os réus teriam desviado a quantia de R$ 1,5 milhão, pertencente ao Fundo Municipal de Seguridade Social de São Julião, para o financiamento de suas campanhas. O processo eleitoral de 2012 teria sido o motivo do assassinato do denunciante, Emídio Reis, em janeiro de 2013.
Em suas defesas, José Neci e José Francimar Pereira alegaram não haver provas das denúncias feitas por Emídio Reis. Mesmo assim, o juiz João Manoel de Moura Ayres julgou a ação procedente e optou pela cassação de José Neci e José Francimar Pereira, pela inelegibilidade dos dois até 2020 e pelo pagamento de multa no valor de R$ 10 mil cada. “Julgo procedentes os pedidos formulados na presente ação de investigação judicial eleitoral, reconhecendo a prática de abuso de poder econômico, poder político e captação ilícita de sufrágio”, diz a sentença.
Como José Neci teve 53,11% dos votos validos na eleição, o juiz também determinou a realização de nova eleição municipal em São Julião. Mas até lá, o presidente da Câmara Municipal da cidade deverá responder pela Prefeitura.
José Neci informou que ainda não foi notificado sobre a decisão, mas adiantou que vai recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). “Ainda não fui notificado e nem foi publicada ainda a decisão. Vou recorrer, mas tenho que primeiro tomar conhecimento da justificativa do juiz para ter as argumentações necessárias para voltar ao cargo”, afirmou.
Fonte: Jornal O DIA
Repórter: Karliete Nunes