Hoje foi ao ar a segunda edição do quadra DEBATE criado pela direção de jornalismo do Sistema FC de Comunicação na pessoa de seu diretor Cícero de Sousa.
Em razão da data e do pujante tema, o 13 de Maio e toda a anterioridade ancestral baseada em 353 anos de escravização do povo africano no nosso país estiveram no foco da discussão que reuniu os jornalistas Alberto Barros, Acélio Trindade e o professor de filosofia Cícero de Sousa das 7h às 8h12min desta manhã ensolarada de fim de período chuvoso em Codó.
De 1444, quando houve o primeiro leilão de escravizados em Algarves, Portugal, a 2022 quando discutimos os desafios do negro na atualidade dentro da histórica Codó que viveu 68 anos debaixo do regime da escravidão (de 1820 com a chegada do comendador PAU REAL a 1888 quando da abolição).
Tivemos a participação por meio de entrevistas de cidadãos do município dando a sua opinião sobre subtemas diversos como buscar emprego, empreender na condição de negro, discriminação racial e intolerância religiosa contra Candomblé e a Umbanda.
“Só pra você ter ideia isso faz parte do processo de desvalorização da cultura. Tanto Codó, quanto Caxias há muitos anos haviam leis municipais proibindo os negros de realizarem suas danças, seus eventos, toda a sua cultura religiosa”, destacou Cícero
A PROPOSTA É DIFERENTE
O projeto tem uma proposta diferente do que se viu até hoje do que se chama ‘DEBATE’ nos meios de comunicação de Codó.
A prática anterior era reunir comunicadores para debater apenas política, geralmente com a parcialidade patrocinada por grupos políticos.
Nas edições da FCFM os debatedores são obrigados a estudar, a ler sobre o tema a ser abordado para, em vez de apenas propagar o senso comum num meio de tão grande alcance, levar conhecimento, levantar questões relevantes para o cotidiano das pessoas como ocorreu hoje.

Deixamos contribuição, um pouco mais de consciência sobre o enfrentamento constante e necessário contra o racismo e a injúria racial tão ainda danificadoras da personalidade do brasileiro.
“Pegando como gancho essa pesquisa do Acélio taí a importância de nós estudarmos, nós professores estudarmos a história da África por que a África corre em nossas veias, tá no nosso DNA”, afirmou Cícero em que foi reafirmado por Alberto Barros no final do programa quando me referi a pesquisa da African Ancestry que descobriu a origem dos ancestrais negros de 150 brasileiros.
Segue o projeto DEBATE com tema aberto a sugestões.
2 Respostas
Parabéns Acélio! Precisamos mesmo de mais profundidade nesses espaços.
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