O comércio lojista de Codó continua mergulhado num período de vendas ruins que acarreta várias consequências. Entre as mais preocupantes estão a demissão dos funcionários e até o fechamento de lojas.
Quando dona Maria das Graças Santos abriu a venda de cosméticos no centro da cidade havia movimento o dia inteiro dentro da loja e ela tinha 5 pessoas para atender à tantos clientes, mas isso mudou bastante.
“E hoje eu só to com uma funcionária e, as vezes, a gente chega até atrasar alguns dias por falta de venda…CAIU MUITO? Caiu bastante…QUANTOS POR CENTO? Eu acho que uns 30%”, explicou a empresária em entrevista à TV Mirante
INADIMPLÊNCIA
Há também, nesta crise, outro agravante – a inadimplência que pode ser sentida a partir de dados fornecidos pelo SPC que também atua em Codó.
Em agosto do ano passado, 1.833 codoenses não puderam pagar suas dívidas e foram parar na lista do Serviço de Proteção ao Crédito.
Já em agosto deste ano, o número cresceu para 7.065 pessoas incluídas na lista daqueles que ficam impedidos de fazer novas compras até pagar as antigas.
O gerente Arimateia Ramos explicou que isso reflete negativamente na vida financeira das empresas e só torna a situação ainda pior.
“ Pra nós do comércio é uma negativa porque o cliente vem até a loja, quer comprar, mas na hora de fazer a consulta aparece o nome negativado no SPC e automaticamente já é vetado a venda (…) com isso a venda vai caindo, o cliente vai desaparecendo aos poucos (…) preocupa muito porque as vendas têm caído”, explicou
O consumidor anda reclamando de falta de dinheiro.
“vai lá pras contas no fim do mês…SEM DINHEIRO…sem dinheiro, como é que paga?”, disse o taxista José Wilson da Silva
Mas é certo que antes de faltar o dinheiro, em muitos casos, houve alguma falha no controle das compras. Faltou a cautela de dona Osmarina Cunha que nos deixou uma exemplo. Para ela, quem não age dentro de um limite de gasto fica com o nome sujo.
“Fica devendo e o nome fica sujo, só isso, o meu nome nunca foi sujo…TEM QUE TER LIMITE? Tem que ter limite, compra se o dinheiro dá, se não dá não compra”, disse