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A senhora Maria Aldelina Silva de Araújo, moradora da rua Joaquim Nabuco, Santo Antonio,  entrou em contato com o blogdoacelio pedindo uma entrevista para que ela revelasse o drama que vive a família no momento.

A netinha dela, Maria Heloisa dos Santos Lima, de 1 ano e 8 meses, esteve internada no HGM por 10 dias tratando de um pneumonia, mas os exames, feitos a partir de um cansaço permanente, revelaram que ela possui alguma doença cardíaca.

Ocorre que a família não quer mais que o tratamento seja feito dentro do HGM que sugeriu transferir a criança para São Luís, diante disso resolveram deixar o hospital dia 5 de agosto, última sexta-feira,  sem a alta médica de Heloisa.

O caso foi parar no Conselho Tutelar que tem feito orientação no sentido de que a família leve a paciente novamente para o HGM, urgente. Já houve até ameaça de intervenção policial. Mas a família se mantém firme e deseja levar Heloisa para tratamento em Teresina.

“Nós tiramos a Heloisa de lá pra achar um tratamento em Teresina (…) aí ela disse, então a polícia vai lá, qualquer hora,  lhe buscar para levar a menina pro HGM e nós não queremos essa menina lá porque a menina lá, os bracinhos da menina todo furado, até silicone ficou dentro do braço da menina, nós não quer levar a menina pro HGM, então nós queremos dar uma entrevista contigo”, explica a avó

CONDIÇÕES TERESINA

Perguntei porque sair do hospital sem alta. A avó disse que querem fazer uma cirurgia urgente na menina lá no hospital e a família entende que a criança não aguenta a cirurgia, por isso vão levá-la a Teresina em busca de um tratamento que a faça crescer um pouco mais para que o corpo suporte a operação do coração.

“Eles querem fazer uma cirurgia e nós optamos pra ir pra Teresina pra ver se acha um tratamento até ela ficar maiozinha pra poder resistir a uma operação”

“Nós temos condições sim, nós não tinha ido porque assim como chamaram a Lucilene (mãe da garota) lá e se nós já tivesse ido eles iam acusar que nós tinha fugido com a menina pra outro estado por isso que nós ainda estamos aqui”

“A Heloisa é uma menina normal, a Heloisa caminha, brinca, a Heloisa bate só que ela respira muito ligeirinho só que é desde o nascimento, a primeira negligência médica foi de lá porque quando a mãe dela levou que diz que ela tinha problema no coração a médica disse que não que ela não tinha problema de coração agora foi que vieram descobrir através de uma pneumonia, de uma Raio X”

De acordo com a família após o caso vir a ser publicado pela imprensa Heloisa será levada à Teresina. Justificou-se ainda  que  levou o caso ao conhecimento do público para que parentes (avó, mãe e pai)  não sejam acusados, injustamente, de negligentes com a saúde da menina.

O caso não é tão simples. Existem dois tipos de alta médica – a concedida pelo profissional e chamada alta a pedido (do paciente ou responsável).

Em caso de alta a pedido de crianças e adolescentes, o “Termo de Responsabilidade” deve ser assinado pelos responsáveis.

A aceitação ou não do pedido de alta, pelo médico, também fica condicionado à gravidade ou à iminência de perigo à vida da criança ou adolescente.

E diante do impasse entre a solicitação de alta pelos responsáveis e a recusa do profissional em aceitá-la, com o atual Estatuto da Criança e do Adolescente, a Vara da Infância e da Juventude deverá ser acionada para a resolução do conflito.

OUÇA

EXPLICAÇÃO DO CONSELHO TUTELAR

A conselheira tutelar Piedade Ferreira explicou ao blogdoacelio que em momento algum foi falado em policia, o que ela teria dito foi que faria contato com o Ministério Público que orientou que ela voltasse a fazer  contato com a família para conscientizá-la da necessidade de manter a criança no HOSPITAL para que o município a encaminhe para São Luís.

Em São Luís,  Heloisa, diferente do que pensa a família, deve passar apenas por uma avaliação de um cardio-pediatra, não tem indicação de cirurgia na documentação recebida do HGM pelo Conselho Tutelar.

Para a consulta já existe uma vaga garantida, mas quando a família saiu sem autorização (sem alta médica) a vaga fechou, mas há a possibilidade de reabertura quando  Heloísa voltar ao Hospital Geral Municipal.

Diante da posição dos parentes, Piedade diz que voltará a fazer contato com o Ministério Público para que este decida o que fazer ou como intervir no caso para que a criança não seja prejudicada.

Mas caso a família consiga levá-la para Teresina

4 Respostas

  1. Tirem antes que aconteça uma tragédia. Esse hospital está praticamente abandonado. Esse “prefeito” – “médico ” de Codo é uma vergonha. Conseguiu ser pior que o Nagib. Incrível isso.

  2. Carlos André e Felicidade, leiam a matéria. Não tem nada a ver com o HGM, cuja direção foi contra a decisão da família.
    A família afirma ter condições e tomou decisão unilateral por conta e risco.
    Xingar e agredir é a principal característica de quem não tem capacidade nem de criticar, caso desses dois sem noção.

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