O que ficou registrado em fotografias de um passado distante está  também na lembrança de seu Francisco Pereira da Silva. Nosso Cristo Redentor, na praça da Bandeira,  foi erguido na década de 1960 e as recordações do aposentado incluem até orações feitas em observação ao monumento. VEJA MATÉRIA NO G1Maranhão

 “Podia não rezar aqui, mas rezava por fora, em casa…OLHANDO PARA O CRISTO? Exato”, respondeu seu Francisco

A estátua que chegava à quase 10 metros de altura ruiu em 1998, numa manhã ainda muito recente na memória de professor Volney Campos, que mora há 28 anos ao lado da referida praça.

 “Foi por volta de 5h30, seis da manhã, houve um barulho aí todo mundo acordado pra ir pro trabalho e viu-se que era o Cristo que tinha caído e pra nós foi uma tristeza, porque aquilo ali a gente já tava acostumado a levantar deitar e acordo vendo aquele Cristo aqui”, disse o professor

TRABALHO DE RESGATE

Desde este acontecimento a estátua, considerada um dos grandes símbolos da história deste município, nunca mais foi vista. Não houve restauração, mas na memória de quem a admirava ela permaneceu sempre muito presente. Agora o Instituto Histórico e Geográfico do Codó lidera uma luta para trazê-la de volta.

Para conseguir seu objetivo firmou uma parceria com a prefeitura. Recursos do município, da ordem de R$ 3.000,  pagarão a base de concreto que sustentará a nova estátua na praça da Bandeira, local de origem, como confirmou o secretário de infraestrutura Márcio Esmero ao blog.

 “Nada melhor que nós revitalizarmos o patrimônio histórico do nosso município, que, queria ou não, é a cultura sendo resgatado aqui no nosso município”, ressaltou

E o próprio Instituto, por meio de seus integrantes, pagou R$ 5.000 ao escultor e empresário, Marcos Lázaro, que nos garantiu “Entregando a base pronta com cinco dias tá pronto”, afirmou

QUANDO?

A  expectativa  é que a praça receba de volta seu maior patrimônio até o final de julho e professor Volney, que também faz parte do IHGCodó, fez uma sugestão.

 “Gostaríamos que ele ficasse com os braços abertos pra lá, né, pra quem vai entrando, pra que acolha todo mundo, não só nós codoenses, mas todos que chegam aqui não é”, disse

Enquanto isso o Instituto, de acordo com informações do presidente Ribamar Amorim, segue aumentando o número de resgates e revitalizações de monumentos que faziam parte da cidade, reconstruindo a nossa história.

 “O relógio da praça da Prefeitura nós conseguimos consertar, estamos consertando novamente, tem o relógio da manufatureira que já é uma parceria que a gente tá buscando também isso (…) nós temos a parceria do menino mijão, nós temos a parceria da fonte (…) e outras coisas que nós vamos buscar e aos poucos revitalizar a cidade de Codó”, disse o presidente

VICE-PRESIDENTE DESTACA INICIATIVA

O atual vice-presidente do IHGCodó, o historiador e documentarista Cândido Sousa, também falou sobre este novo momento  do Instituto marcado por lutas nunca antes travadas por seus confrades.

“Codó é uma cidade rica culturalmente e muito dessa história foi se perdendo, agora estamos reconstruindo tudo aos poucos. Noutra frente de trabalho o Instituto tenta, a todo custo, proteger aquilo que permanece intacto como fachadas de capelas, monumentos importantes, dentre outros. É a função primordial dos nossos membros, nós existimos para, entre outras coisas, preservarmos tudo que pertence ao patrimônio histórico desse município”, disse o vice-presidente Cândido Sousa