No último sábado, 27 de abril, professoras e a direção do CMEI Vera Lúcia Simão Sales colocaram em prática uma atividade intitulada MINGAU LITERÁRIO.
Antes deste dia, as educadoras prepararam as principais protagonistas da ideia – as mães dos alunos. Como a missão delas era contar histórias às crianças, estas escolhidas foram apresentadas aos livros que serviriam para tal experiência e treinadas sobre como executar a leitura dentro dos moldes imaginados para o projeto Mingau Literário e acabou dando muito certo.
“É uma atividade que consistiu nas famílias irem até a escola contarem histórias, as histórias já nos livros já pré-estabelecidos pelas professoras, elas escolheram, claro, conversaram antes com as mães, prepararam, fizeram, assim, um teste, elas se prepararam para contar histórias para as crianças. Neste último sábado, 27, a gente conseguiu fazer esta atividade no qual a gente ficou, assim, muito feliz pela quantidade de pais que participaram, que foi até a escola, que estiveram conosco nesta manhã maravilhosa”, disse a diretora Carleane Coelho em entrevista concedida ao programa de rádio A CONVERSA É COM ACÉLIO TRINDADE desta segunda-feira, 29.
O Mingau Literário vem na contramão de uma dura realidade brasileira. De acordo com o IBGE, censo 2022, somos 203,1 milhões de brasileiros. Destes, apenas 16% compraram algum tipo de livro nos últimos 12 meses.
É o gênero, a classe sociodemográfica e o nível de escolaridade que definem o perfil de leitura no Brasil de acordo com pesquisa da CÂMARA BRASILEIRA DE LIVROS (CBL).
Pelo gênero – as mulheres são 51% da população brasileira, mas 57% do total de compradores nacionais. Ou seja, o público feminino compra mais livros.
Pela questão econômica – As classes A (formada por quem ganha mais de 15 salários mínimos) e B (que ganha de 5 a 15 salários mínimos) têm uma participação muito maior nas vendas do mercado livreiro que as demais.
Enquanto 34% dos brasileiros da classe A e 25% da classe B compram livros, apenas 13% da classe C (que ganha de 3 a 5 salários mínimos) e 5% das classes D (que ganha 1 a 3 salários mínimos) e E (que tem 1 salário mínimo de renda mensal) têm esse costume.
Pela ESCOLARIDADE – Mas, conforme da CBL, o fator mais decisivo para definir quem compra livros no Brasil é a escolaridade. Nove em cada dez consumidores da categoria estão em níveis acima do Ensino Médio.
A GRANDE SACADA

Voltando para Codó, em meio a este universo brasileiro, o Mingau Literário aproveita um momento crucial do desenvolvimento cognitivo da criança para fazer com que cresça adquirindo o hábito da leitura na escola e chamando os pais para continuar a missão também em casa.
No entanto, algo muito importante há de ser destacado na ideia do CMEI Vera Lúcia – a grande sacada de unir escola e os pais num mesmo ambiente.
“Imagine só na cabeça de uma criança de um, de dois ou mesmo de 3 anos (idade) receber na sua escola, eles chamam a minha escola, juntamente com a sua professora, os seus pais? no qual foi a mãe, foi o pai, a família, imagine a felicidade e o impacto”, frisou a diretora com sabedoria.
OUÇA A ENTREVISTA COMPLETA