Estivemos em Timbiras na semana passada registrando o sofrimento de moradores dos bairros Santarém e parte do Horta que não têm água encanada em casa. Tem gente que mora na área há mais de 5 anos e vive pedindo água do poço aberto no fundo do quintal do vizinho. Detalhe – todos desejam água potável nas residências e ninguém sabe porquê a CAEMA nunca atendeu à solicitação.

Mas encontramos também outros problemas nestes dois bairros. Conversando, por exemplo, com a lavradora, Conceição de Maria Pereira da Silva, moradora da rua São Francisco, descobrimos que os bandidos estão aterrorizando os dois bairros furtando, roubando, usando e até vendendo drogas. Para furtar uma espingarda, subiram até pelo telhado de um  vizinho dela.

“Aqui tem ladrão demais, aqui é traficante de droga, aqui se vende quase no meio da rua, tão usando. Tem o Santarém, pra li, só se ver (…) Nós estamos aqui sem segurança, nós estamos precisando demais”, reclamou

TERROR NA HORA DA CONSULTA

A  insegurança se torna maior ainda para dezenas de mulheres que moram na periferia de Timbiras e precisam ir de madrugada para o hospital estadual (já que  no municipal não se oferece quase nada mais) em busca de fichas para marcar exames como o de ultrassonografia. Quem sai a pé corre até risco de morte, segundo a lavradora, por causa da bandidagem.

“A gente sai daqui 1h da manhã pra pegar ficha, sai 1h, duas horas, cinco horas da manhã pra pegar ficha pra fazer exame. Aí nós vamos de bicicleta, quem tem moto vai de moto e quem não tem bicicleta? vai arriscado perder a vida porque os vagabundos estão aí mesmo, isso que nós queremos também segurança”, denunciou