Denúncias, via telefone, chegaram ontem (21) no início da noite ao blogdoacelio. Eram pessoas que necessitam do dinheiro do TFD – Tratamento Fora de Domicílio – para, principalmente, realizar exames em São Luís, já que Teresina não aceita mais.

A reclamação diz respeito ao ato da atual administração estar fornecendo um carro para levar estas pessoas até seus destinos, mas, em detrimento deste fornecimento, elas estariam viajando sem nenhum centavo do TFD no bolso. Para os denunciantes é como se a prefeitura substituísse o dinheiro do programa, que é um direito deles, pelo carro que os leva.

“Você já passa 4 a 5 meses pra conseguir um exame lá fora e na hora que chega, principalmente pra quem mora na zona rural, o prefeito diz que arruma um carro pra levar o povo pra São Luís, se a gente for calcular é R$ 40 pra ir e R$ 40 pra vir (nas vans particulares), e aí ele leva a pessoa e pronto e diz que já tá concedido’, disse

SEM BEBER, SEM MIJAR

Mas, apesar da benfeitoria do transporte gratuito, um outro problema vai junto, sem a ajuda financeira do governo, a maioria não consegue sequer beber e chega à São Luís sem urinar caso só encontre locais que cobram para permitir a entrada nos banheiros, como ocorre na rodoviária de Peritoró, por exemplo.

“E aí as pessoas vão sem dinheiro, de qualquer jeito, não tem condição de comprar uma água, pra usar um banheiro porque todo mundo sabe que de Peritoró pra frente já é pago, então como é que faz?”, questionou a pessoa do outro lado da linha

HORÁRIO PERIGOSO

Outra questão levantada pelos denunciantes diz respeito ao horário em que o carro da prefeitura sai de Codó para São Luís – 3h da madrugada, quem chega depois fica para a próxima vez.

“O carro a gente tem que ir pra porta da prefeitura 3h da manhã e isso já vem acontecendo há muitos dias, há muito tempo e aí você tá correndo o risco de vida porque quem mora no Codó Novo, Santo Antonio, Alto do Bode tem que sair essa hora pra ir para porta da prefeitura. Então carro leva e traz, mas não tem mais nem um centavo pra você beber nem uma água’, reclamou

MINISTÉRIO PÚBLICO

O grupo que está se sentindo prejudicado com a falta de dinheiro e com o horário do transporte gratuito afirmou que vai procurar o Ministério Público Estadual para denunciar o caso.