
Codoense, nascido na localidade Fundão, em 8 de janeiro de 1920. Filho de José Lopes de Araújo e de Rosa da Cruz Lima, lavradores, proprietários de pequena propriedade rural, no município de Codó.
Viveu no interior até aos 12 anos de idade, quando veio para cidade, vindo morar com o seu padrinho Antônio Silvestre da Cruz (Tonhó), no ano de 1932, já possuindo na sua escolaridade o 1º e o 2º ano do antigo Primário, com seus primeiros professores – Raimundo Antônio Rabelo e Maria de Lourdes Chaves Cruz, sua madrinha. Em 1935, residindo na casa do pedreiro Bernardino Calistenes de Sousa, com quem aprendeu a profissão de pedreiro. Não abandonou os estudos, continuou com o professor Paulino Jacinto dos Santos, quando concluiu o 3º ano do Primário.
A profissão de pedreiro teve início na construção da casa do comerciante Salomão Elias, hoje residência de Antônio Edson Bitar Araújo.
Casou-se em 28 de setembro de 1940, com a filha de Bernardino Calistenes de Sousa, Raimunda Brito de Sousa, de cujo enlace matrimonial nasceram os seguintes rebentos: Wilma, Wildelano, José Ribamar, Maria do Socorro, Constância, Concilma, Nivaldina, Roseana, Bernardino, Wildegard, Maria Gorete e Antônio Lourenço Filho. Apesar de dificuldades financeiras não se descuidou da educação dos filhos, haja vista, que entre eles, existem graduados em Ciências Contábeis e Odontologia, exercendo suas profissões na Capital Federal.
Em 1945, estabeleceu-se comercialmente, com a venda de secos e molhados. No mesmo ano, tendo com sócio Walter Zaidan, passou a fabricar tijolos e outros produtos cerâmicos, nas imediações da antiga Lagoa dos Pajeleiros. No ano de 1947, mudou-se para a localidade São Raimundo (Parida), região da Trizidela, trabalhando nas mesmas atividades durante 7 anos. Em 1953, voltou para a cidade, instalando a sua cerâmica no povoado Retiro, sítio denominado Belo Horizonte e vendendo os produtos na sua casa comercial, situada na Rua Marques Rodrigues, antiga Rua das Flores.
Independente de suas atividades comerciais, ainda lhe sobrava tempo para exercer as tarefas: Juiz de Paz da Comarca de Codó, nomeado pelo então Governador José Sarney, em 08/01/70, nos termos da Lei n.28.149, de 04/12/67; Tesoureiro de diversas entidades como: Associação Comercial e Agrícola de Codó, FUNRURAL, CNEC, União Artística Operária Codoense, da qual, mais tarde, exerceu a presidência (1973-1976), quando concluiu a construção do colégio Pedro Rodrigues, iniciada na gestão do presidente José Ribamar Moreira.
Pessoa bastante relacionada e querida na comunidade codoense, em razão da sua conduta ilibada, servindo de paradigma para seus filhos, com a parceria de sua esposa Raimunda de Sousa Lima, falecida em 1999, foi a grande baluarte na luta indormida do casal para o êxito da família.
Ressaltamos que, ainda solteiro, com apenas 18 anos de idade, mas portador de visão associativa, ingressou na União Artística Operária Codoense, na gestão de Pedro Alexandrino Rodrigues, onde mas tarde veio a prestar relevantes serviços, estendendo em ação meritória nas sociedades Centro Operário Codoense e Mutuaria Previdente Codoense.
Possuidor de alguns títulos que lhe enaltece, destaca-se a Comenda do Mérito Codoense que lhe foi outorgada pela Câmara Municipal de Codó.
Este ilustre codoense faleceu no dia 07 de julho de 2011.
Codó – MA, 26 de agosto de 2013. Prof. Carlos Gomes.
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Sócio Fundador da Associação Cultural Codoense “Antonio Almeida Oliveira” e do Instituto Histórico e Geográfico de Codó.
Transcrito do Livro Codoenses & Não Codoenses, aguardando publicação.
3 Respostas
Essa é a vida de um grade homem,Meu avô. Sinto saudades das conversas, dos conselhos e das suas velhas historias contatas que me faziam ri e refletir…Saudades eternas
Meu Avô e Pai,ele deixou um legado de honestidade, trabalho, sinceridade e retidão de caráter. Certamente será lembrado pelos seus, sempre de forma carinhosa e respeitosa.
“Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós”.
Antonio Lourenço Lima, “Seu Antonio Lourenço”. homem educado, bom pai e um bom avô. Lembro quando eu ia comprar balas de banana ao lado da casa dele e ele na sua loja ao lado de “D. Dica” uma eximia mãe de familia. Trabalhador e de boas conversas. Uma grande perda para que o conheceu e conviveu, mas deixou filhos e netos que levam consigo a marca do Pai. Bom cenhecer a vida de Seu Antonio Lourenço através do Professor Carlos Gomes.