Brasília – A cinco meses das Eleições 2014, a presidente Dilma Rousseff (PT) mantém a liderança na corrida eleitoral rumo ao Palácio do Planalto. Se as eleições presidenciais fossem hoje, Dilma teria 35% dos votos, segundo pesquisa de intenção com os três principais candidatos publicada pela revista IstoÉ, feita em parceria com o Instituto Sensus. Apesar da liderança de Dilma, o levantamento indica um possível segundo turno.
O pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), teria 23,7% dos votos. Já o candidato do PSB, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, teria 11% dos votos. Como a somatória das intenções de voto dos dois candidatos é quase a mesma que o percentual de Dilma (35% contra 34,7% dos adversários), a eleição de 2014 deve ser decidida no segundo turno.
A pesquisa foi feita entre os dias 22 e 25 de abril, quando 2.000 eleitores foram ouvidos. A margem de erro é de 2,2%.
Em outro cenário, que inclui outros candidatos além de Dilma, Aécio e Campos, a presidente mantém a ponta, de acordo com a pesquisa. Dilma tem 34% das intenções de voto, contra 19,9% de Aécio Neves e 8,3% de Campos. O quarto colocado na pesquisa é Pastor Everaldo (PSC), que tem 2,3%.
Ainda nesse recorte, Randolfe Rodrigues (PSOL) tem 1% dos votos. Eymael (PDC) conquistou 0,4% das intenções, enquanto Mauro Iasi (PCB) ficou com 0,3% e Levy Fidelix (PRTB), com 0,1%. Os votos nulos e brancos, as pessoas que não responderam ou as não votariam em nenhum candidato totalizaram 33,9%.
O levantamento também perguntou aos eleitores em quem eles não votariam de jeito nenhum. Dilma teve a maior rejeição, com 42%, seguida por Eduardo Campos, com 35,1% e Aécio Neves 31,1%. Marina Silva, que será vice na chapa de Eduardo Campos, tem 35,6% de rejeição.
O cenário do segundo turno também foi questionado pela pesquisa e os números são bem equilibrados. Mas Dilma Rousseff venceria a disputa em eventual disputa com Aécio. A presidente se reelegeria com 38,6% dos votos, contra 31,9% de Aécio Neves. Os indecisos, branco, nulos e que não responderam chegaram a 29,6%.
Em outro cenário, em que Dilma disputa o segundo turno com Eduardo Campos (PSB), a presidente teria 39,1% das intenções de voto contra 24,8% de Campos. Os indecisos, brancos, nulos e pessoas que não responderam são 36,2% nesse recorte.
O levantamento da Sensus/IstoÉ também quis saber sobre a aprovação do governo atual. Dentro da pesquisa, 29,6% veem como positiva a administração federal. Outros 34,2% afirmaram que o desempenho é regular e 31,9%, como negativo. Outros 4,5% não souberam responder ou não responderam.
O desempenho pessoal de Dilma à frente do país também foi questionado. De acordo com a pesquisa, 49,1% desaprovam a forma de governar da presidente, contra 40,2% que aprovam e 10,8%, que não souberam ou não responderam à pesquisa.
Lula reafirma seu apoio à candidatura da presidente
Brasília – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, na noite de sexta-feira, durante encontro nacional do PT, a candidatura da presidente Dilma Rousseff à Presidência da República e fez fortes ataques à imprensa em seu discurso durante o Encontro Nacional do PT em São Paulo.
“Precisamos parar de imaginar que há outro candidato que não a Dilma nesse partido à Presidência da República”, afirmou.
O evento é usado pelo partido para abafar o pedido de “volta, Lula” por parte da base governista. O ex-presidente afirmou que participará ativamente da campanha à reeleição da presidente.
“É só você preparar a agenda e o Lulinha estará junto com você”.
Lula criticou as notícias a respeito das eleições 2014 e afirmou que a imprensa é a maior adversária do PT. “Estamos em uma disputa eleitoral. Disputa eleitoral tem sempre troca de farpas. E nós temos alguns partidos adversários. Mas o principal partido de oposição é a imprensa”.
O ex-presidente defendeu a criação de um marco regulatório para “democratizar os meios de comunicação”. Ele atacou as críticas à Petrobras:
“Tem gente querendo fazer caixa de campanha ameaçando a Petrobras”.
O ex-presidente, porém, fez uma breve referência a André Vargas, petista envolvido com o doleiro Alberto Youssef, sem mencionar o nome do ex-parlamentar: “Se alguém entre nós cometer um erro, tem que pagar pelo erro que cometeu.”
Após criticar a imprensa, Lula defendeu que o governo Dilma fale mais sobre suas realizações:
“Se o povo não sabe [o que o governo fez], não estamos dando uma ferramenta de trabalho para essa gente nos defender quando formos atacados.”
O Estadp