Estivemos ontem em Timbiras, por conta do protesto de alunos da escola Alberto Abdala, que não teve zeladoras pela manhã (3 zeladoras) na primeira semana, que ficou sem aula, e continuou nas duas semanas seguinte sem limpeza. Ontem (19) foi o estopim – houve gritaria e palavras de ordem ‘queremos zeladoras, queremos zeladoras”. Não houve aula pela manhã.

Na oportunidade encontramos o presidente do Conselho Municipal do FUNDEB, professor Galo. Falou que já encaminhou 85 ofícios ao prefeito Fabrízio do Foto cobrando prestação de contas, nunca foi respondido.

Além de pedir esclarecimentos ao chefe do Executivo, também já fez 16 denúncias à órgãos de fiscalização, dentre os quais o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público.

“Nós temos 85 ofícios encaminhados ao Executivo, encaminhados ao Legislativo para que possa resolver isso, então o que acontece? O Executivo faz vista grossa aos conselhos, principalmente ao do FUNDEB”

“Nós não sabemos qual é a folha de pagamento, não sabemos quem está desviando a função, sabemos que há uma grande máscara porque nós não sabemos de nada. NÃO HÁ MERENDA, nós não sabemos o por quê, não há contratados nós não sabemos o por quê. O que a gente ver são alguns efetivos, por exemplo, zelador, que está com desvio de função, é um caso, por exemplo, e se não há prestação de contas nós não podemos passar essas informações pra sociedade”,

“Nós já emitimos 16 denúncias ao Tribunal de Contas do Estado, nós estamos pedindo socorro, nesse momento, aos órgãos fiscalizadores”, afirmou

PARALISAÇÃO

O presidente agora vai propor uma paralisação de duas semanas, embora ponderando em sua ideia para não prejudicar ainda mais a educação dos alunos que, segundo ele, não soma sequer dois meses na zona rural, por exemplo.

“A paralisação tem que ser de forma responsável. Nós não podemos prejudicar, jamais, a carga horária do município, que ela já se encontra prejudicada pelo fato de ter começado em março e no interior (zona rural) ela começou no mês de abril, se nós formos contabilizar as aulas no interior não tem dois meses de aula”, disse

A paralisação que será proposta será de duas semanas, como acima citado. Dias de intensa conversação com todas as entidades interessadas no fim do caos ora instalado em Timbiras.

“Então, mas parar duas semanas? Parar. Durante essas duas semanas todos os dias conversar com o Executivo, secretário de Educação, os conselhos, Legislativo, Ministério Público, entidades, igreja para que se possa chegar à denominador comum – o que está acontecendo? Tem dinheiro? Que está acontecendo, quem está com desvio de função? Quanto é que tá a folha de pagamento? Pode contratar ou não? Nós precisamos saber”, questionou

“A única coisa que o Conselho sabe é do extrato bancário, houve uma grande transferência de recursos, mas não sabemos pra onde, nós não sabemos quanto é a folha de pagamento, então são 15 milhões e meio que era para ser justificado no Conselho e até agora não passou um centavo de prestação de contas. Então é muito difícil, a situação está horrível”, finalizou