A faxineira, Maria do Socorro Ferreira, moradora da rua Magalhães de Almeida, casa 365, saiu ontem (20) do prédio do SAAE completamente indignada. Nas mãos carregava duas contas de água. Uma de R$ 43 (já paga) e a outra por vencer de R$ 48,01.

Era a segunda vez dela no centro de atendimento na tentativa de ver o valor cobrado pela autarquia baixado ao ponto de possibilitar o pagamento.

Ela explicou que  vive sozinha na casa e que esta vive fechada na maior parte do dia uma vez que trabalha de casa em casa fazendo serviços domésticos de faxina. Mesmo ficando a maior parte do tempo sem usar uma gota sequer de água a conta está vindo  altíssima.

 “Num gasta água de jeito nenhum meu irmão, eu vivo é só no mundo fazendo faxina pra eu comer e tiro do meu pão de cada dia  para pagar este talão (…) Lá é só eu e Deus, a casa é fechada direto, pra você me encontrar na casa é difícil, tiro um bocado do meu comer pra pagar essa água”,

“Eu não tô lavando casa, eu não tô lavando lajota, eu não tô lavando nada e chega de R$ 48”, explicou zangada

DESDENHANDO

Dona Socorro estava ainda mais indignada depois do tratamento que recebeu no Saae. Quando fora pedir que fosse revista sua segunda conta de água (de R$ 48,01) teria sido tratada com desdém, na opinião dela.

Na cara da consumidora não teriam apontado nenhuma solução e ainda teriam afirmado que logo, logo chegaria uma nova conta na casa  ainda mais cara.

 “Chego no Saae, reclamo com ele, pra dá baixa ele faz é dizer ‘vou mandar outro agora, vai é outro talão pra lá (…) eu pedi pra ele baixar, ele fez foi aumentar e ainda diz na minha cara que vai mandar outro, eu tô revoltado com esta situação”, disse a consumidora