Em 2009, Timbiras sofreu uma das suas maiores enchentes causadas por um inverno rigoroso. À época o prefeito era Nonato Pessoa que iniciava seu governo e estava no auge de sua popularidade, até porque era um nome leve e que estava entrando pela primeira vez na política; sem falar que acabava de derrotar o grupo de Chico do Foto, que era o maior líder político daquele momento na cidade.
A situação se agravou e muitas famílias perderam suas casas e tiveram que se abrigar em escolas, casas de parentes e ginásio de esportes. A COMDEC, órgão responsável pela coordenação dos assuntos relacionados à questão da enchente e suas conseqüências cadastrou quem precisaria de uma nova moradia.
O governo federal autorizou e liberou recursos para a construção de um pouco mais de 60 casas para as famílias vítimas das enchentes, o problema é que as pessoas só receberam suas novas casas no finalzinho do governo, quase 4 anos depois.
Mesmo inacabadas e sem a infra-estrutura adequada para receber moradores, Nonato Pessoa, ainda na administração passada, resolveu entregar as chaves de algumas residências. “A desculpa que o governo deu foi a de que existia a possibilidade de invasão e as pessoas cobravam muito por suas casas. Para evitar algo pior, resolveu deixar as pessoas ocuparem. Mas, do jeito que estavam, as casas não poderiam receber moradores”, disse um ex-assessor de Nonato.
O termo “receber a chave”, em alguns casos desse episódio ocorrido no final de 2012, não passou de uma piada. Muitos receberam as chaves por um motivo óbvio: não queriam perder a chance de ter a casa própria e por isso se sujeitaram recebê-la sem está totalmente pronta: sem piso, sem banheiro, sem instalação elétrica e hidráulica e etc, contrariando totalmente o projeto inicial que previa tudo isso.
FALTA TUDO
Mas a falta de infraestrutura não restringem-se às casas. Não há ligação de esgotos e o fornecimento de água é feito através de canos ligados à rede feita pelos próprios moradores (sem garantias na qualidade da distribuição).
As ruas não têm pavimentação e a energia chega às residências através de gambiarras. “Havia uma série de problemas quando liberaram a ocupação das casas. Algumas coisas foram resolvidas, mas ainda há até hoje várias pendências e as mais sérias são a falta de energia, segurança e uma pavimentação mínima”, analisou Dona Maria, moradora do local.
Equipes da companhia de energia elétrica tem aparecido no local e feito levantamentos para instalar a rede elétrica que no momento é também um grande problema, já que as “gambiarras” nas ligações para as residências não atendem à demanda e não são suficientes para fazer funcionar equipamentos simples como ventiladores, por exemplo.
Por Toussaint Frazão/site Oitimba.com
2 comentários sobre “TIMBIRAS: Nonato entregou residencial inacabado e Fabrízio mantém o abandono”
Mas amigo Acelio se o nonato já entregou o prefeito pode desapropriar para fazer os acabamentos ???
Quem é que foi assessor e trabalhou para o ex-prefeito fazendo a “mídia digital”?
É verdade que a PMT pagava para … R$ 12.000,00 por mês?