Nada temos a comemorar nesta data. Apenas lamentar o lixo que representou as duas décadas de puro casuísmo e de profunda repressão a todos aqueles que ousaram combater a lastima do regime de exceção.
Não sou da geração-64. Nasci um ano após a grande macula ditatorial ter se espalhado pelo território brasileiro. Foi na década de 1980 quando comecei a entender o verdadeiro sentido do AI-5, e o miserável regime de exceção; percebi o quanto estávamos sob o pesado fardo inquisitório do embuste de nossa história.
A tragédia desse pandemônio é iniciada numa data quase inacreditável!
Homens de envergadura e corajosos foram consumidos pelo intenso ódio das baionetas açodados pelos civis-empresários. Lembro-me de: Marighela, o estudante Edison Luis, o jornalista Vladimir Herzog, Jango, JK, Olga Benário, Aldo Arantes, Dilma Rousseff, Zé Maria e tantos outros valorosos combatentes. Não esqueço também o processo insurgente guerrilheiro no Goiás: a “Guerra do Araguaia”.
O elemento liberdade deixa de existir e é substituído pela opressão, e o silêncio imposto aos filhos do Brasil é impiedoso. A liberdade é suprimida em cada individuo sonhador. Ninguém se atreve a desafiar o regime. A mordaça se constitui em regra infinda.
O país deixa de brilhar, a tonalidade e o colorido da vida abrem espaço para a escuridão dos porões; o cântico da celebração é substituído pelo gemido e pela dor inigualável.Homens e mulheres são sistematicamente submetidos a castigos cruéis e desumanos: choques, cortes finos com canivetes, unhas arrancadas, línguas cortadas, gás, enfim, todo um aparato prisional de tortura.
No dia seguinte, os jornais mercenários, delatavam mais “um inimigo do Brasil” em suas manchetes torpes e sujas. (O Globo, dos Marinhos, o Folha de São Paulo, dos Frias – que, inclusive, enalteceu o regime chamando-o de “ditabranda”). Coisa típica de neonazistas! Campanhas difamatórias que acusavam gente simples como se fossem verdadeiros bandidos e que mereceriam estar mortos/presos.
Assim como a Argentina procedeu punindo os comandantes de uma das mais violentas Ditaduras da América Latina, a com a Comissão da Verdade, deve exigir que os nossos torturadores e assassinos sejam, igualmente, punidos em nossa Pátria amada. Ninguém pode sair impune dessa história triste e trágica.
50 anos que envergonha nossa história e que nos constrange. A história pede justiça e justiça plena aos torturados e mortos pelo regime de exceção. É impossível a convivência com o intolerável, pois, a intolerância gera a impunidade e a impunidade fortalece a criminalidade em todos os sentidos, inclusive, o desejo de querer o retorno dessa mácula histórica repressiva.
O sorriso dos que desejavam repartir sonhos fora abruptamente interrompidos e ocultamente decepados pelos inventores da ‘verdade absoluta’. Que esta vergonha nunca mais se reproduza! Ditadura, nunca mais!
Quero oferecer esse pequeno texto à companheira Edna Rodrigues, Rielda Alves e todos/as aqueles militantes sociais e educadores populares que acreditam na perspectiva histórica renovada e democrática.
9 Responses
Lá vem o Che Guevara de Shopping Center rebuscando…Jacinto muito, mas essa esquerdopatia é grave!Interna!
Muitas vezes ficamos impressionados com as declarações de pessoas que por serem filiadas a um partido politico se acham no direito de fazer julgamentos. Vivi nesta época e nunca deixei de ter liberdade.O Maranhão foi um dos Estados mais beneficiados pelo Governo do Marechal Castelo Branco na época em que José Sarney era Governador. Antes de 1964 não tinhamos nada aí em Codó. A luz era de Petromax, a água era do Rio Itapecuru e do Riacho São José. As estradas eram de piçarras como eram as maiorias das ruas de Codó. A Revolução foi necessária porque Cuba era o satélite da União Soviética na América e patrocinava os movimentos esquerdistas em diveros países. O Che Guevara foi morto na Bolivia fazendo este papel. Só conhecemos algum proresso após a Revolução de 1964.é desta época a vinda da Fábrica de Cimento e uma série de outros beneficios. Só reclama deste período aqueles que desejaram implantar um regime que não condiz com a nossa tradição.Quem gostava de trabalhar teve oportunidade, agora quem vive às custas das “bolsas” tem que aplaudir este governo corrupto que está ai.Prove que eu estou errado.
Outra coisa esta história de Guerra do Araguaia foi uma mera palhaçada de um bando de despreparados que resolveram desafiar as forças armadas. O úico que escapou foi José Genoino que entregou os compamheiros para não ser morto. Bela história destes mensaleiros e pseudo comunistas que mentem diariamente para a pobre população brasileira.
Quem recebeu castigos foi gente do tipo dessa que está ai como Presidente, que participou de …. a … e m… gente. Só bandido é que apanhou na época dos militares.
Os dois maiores defensores da Revolução de 1964 estão aí no governo do PT. Lobão, que era jornalista do Correio Brasiliense e era defensor ardoroso dos militares. Chegou a dedurar colegas de trabalho. José Sarney que teve todos os participantes do seu gripo cassados e alguns presos. Maior defensor dos governos militares. Depois de mamarem nas tetas ficam falando mal.
Na realidade só mudou mesmo o nome do regime de governo. Os homens de confiança do regime militar continuam no poder, Maluf e Sarney e agora são aliados daqueles que diziam lutar contra a ditadura.
Os militares cometeram seus erros! Isso ninguém questiona. Mas um CONTRA-golpe (e não um golpe) militar foi necessário e muito melhor do que ver o Brasil ser tomado de vez pelo comunismo! É interessante como se fala tanto do regime militar mas não se fala dos motivos que levaram a isso e quais seriam as consequências para o Brasil caso a intervenção não acontecesse. Também não se fala das atrocidades cometidas pelos guerrilheiros e suas organizações terroristas! Os militares usaram a força contra exclusivamente as pessoas ligadas aos movimentos de guerrilha, ao contrário dos guerrilheiros, que explodiam bombas em locais públicos e matavam inocentes. Ou o grupo liderado por José Genoino, que esquartejou um rapaz de 17 anos ainda VIVO, em frente à própria família, durante a guerrilha do Araguaia.
Pouco mais de 400 guerrilheiros foram mortos durante todos os anos do regime. Agora, quantos brasileiros teriam morrido caso a tal ‘revolução’ se concretizasse nos moldes do que aconteceu em Cuba? Uns 100 mil foram mortos em Cuba, a população brasileira é várias vezes maior do que a cubana, então quantas centenas de milhares de inocentes brasileiros teriam morrido?
As principais obras de infra-estrutura do país foram feitas durante o ‘milagre econômico’ no período militar. E hoje o que nós temos? Uma economia prestes a entrar em colapso e um governo que pisa na Constituição e na cara do povo brasileiro com tentativa até de golpe de estado (mensalão) e chama isso de ‘democracia’.
O Sr. José Ribamar Nogueira Filho disse tudo. Sem comentários.
Rapaz, antes aki tinha um tal de kleber santos que escrevia e eu ate lia algumas coisas dele. Agora esse nosso ex secretaio e de lascar viu, nannn….